Política

Em meio a escândalo das joias, Carlos pede que apoiadores parem de mencionar possível prisão de Bolsonaro

Vereador alega que lamentos pela possível prisão do pai apenas alimentam versão dos opositores; ele cobra que postagens alimentem a narrativa do ex-presidente

Em meio a escândalo das joias, Carlos pede que apoiadores parem de mencionar possível prisão de Bolsonaro
Em meio a escândalo das joias, Carlos pede que apoiadores parem de mencionar possível prisão de Bolsonaro
O vereador Carlos Bolsonaro e Jair Bolsonaro seriam os principais envolvidos na operação do 'gabinete do ódio'. Foto: Reprodução/Facebook
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O vereador Carlos Bolsonaro (PL) se mostrou bastante incomodado com as publicações de apoiadores nas redes sociais ao repercutir o caso das joias. Diante das muitas postagens que citam a possibilidade de prisão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), o vereador deu um recado aos seguidores: parem de falar em prisão.

A publicação de Carlos, filho do ex-presidente acostumado a liderar a turba bolsonarista nas redes, foi feita na manhã deste sábado 19. O político alegou que publicações que citam a possível detenção do ex-capitão só alimentam a versão dos opositores.

“Parem com esse negócio de prisão. Parecem aqueles caras que amam viver a síndrome de Estocolmo”, escreveu o vereador.

“Se quer ajudar desconstrua a narrativa e não fique correndo atrás de cliques ou lacrações para se sentir importante validando a dor que o adversário sente prazer em fazer você sofrer”, orientou em seguida o político.

Carlos fez ainda uma terceira publicação sobre o tema. Novamente, usou o tom de cobrança aos seguidores:

“Óbvio que qualquer um sabe que já vivemos numa Venezuela, entretanto não é desse jeito que se luta. Os canalhas estão carecas de saber disso e estão utilizando sua psique para você validar algo que querem!”.

As mensagens de Carlos ocorrem horas após diversas revelações que implicam ainda mais Bolsonaro no caso.

Na mais recente, o advogado do seu ex-ajudante de ordens tentou reorganizar a narrativa de que Mauro Cid teria seguido ordens e repassada o dinheiro da venda de joias ao ex-capitão, mas acabou deixando lacunas. O advogado teria conversado por telefone com a defesa de Bolsonaro antes de apresentar a nova e confusa versão do caso.

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