CartaCapital
Em meio a ataques de Carlos Bolsonaro, Maia nega impeachment de Mourão
Presidente da Câmara considerou que o pedido, apresentado por Marco Feliciano, é ‘inadmissível’ e tem ‘propósito acusador’
Se depender do Congresso, a campanha virtual de Carlos Bolsonaro contra o vice Hamilton Mourão não vai longe. Na tarde desta quarta-feira 24, o presidente da Câmara negou o pedido de impeachment apresentado pelo deputado Marco Feliciano (Pode).
Na peça, Feliciano acusa o vice-presidente de “conduta indecorosa, desonrosa e indigna” e de “conspirar” para tomar para si a cadeira de Jair Bolsonaro. Ao apresentar o pedido na Câmara, Feliciano justificou suas considerações com uma curtida de Mourão em um tweet em que era chamado de ‘único representante do governo que não causa vergonha alheia’.
@GeneralMourao respeite o presidente @jairbolsonaro. Chega de conspiração! @oproprioolavo@o_antagonista @VEJA @folha @Estadao pic.twitter.com/lBC3aSaJHA
— Marco Feliciano (@marcofeliciano) April 17, 2019
Segundo informações da Agência Câmara, Maia disse que a denúncia é ‘inadmissível’ e tem ‘propósito acusador’, pois se baseia em condutas não referentes ao exercício do cargo. Apoiador de primeira hora do governo, embora não tenha cargo ou influência direta, Feliciano vem apoiando a cruzada de Carlos Bolsonaro contra o general.
Lembro que não estou reclamando do vice só agora e tals…. são apenas informações! Não ataco ninguém, são apenas fatos que já aconteceram e gostaria de continuar compartilhando com os amigos! Um bom dia a todos!
— Carlos Bolsonaro (@CarlosBolsonaro) April 24, 2019
Enquanto isso, os ataques do filho 02 continuam. Nos últimos dois dias, Carlos Bolsonaro criticou o vice no Twitter pelo menos doze vezes. Na mais recente, compartilhou um vídeo de um youtuber que o acusa de trair o governo, contrariando ministros e a agenda bolsonarista.
Vice contraria Ministros e agenda que elegeu Bolsonaro Presidente. Por @bernardopkuster : vamos acabar com essa controvérsia e entender qual é a do tal Mourão. https://t.co/FKYS4ADoWM
— Carlos Bolsonaro (@CarlosBolsonaro) April 24, 2019
O general, até agora, não se manifestou.
Um minuto, por favor…
O bolsonarismo perdeu a batalha das urnas, mas não está morto.
Diante de um país tão dividido e arrasado, é preciso centrar esforços em uma reconstrução.
Seu apoio, leitor, será ainda mais fundamental.
Se você valoriza o bom jornalismo, ajude CartaCapital a seguir lutando por um novo Brasil.
Assine a edição semanal da revista;
Ou contribua, com o quanto puder.