Política

Após crise por vídeo anti-militares, Carlos Bolsonaro anuncia ‘nova fase’

Criticado, o filho 02 fez um anúncio em tom de despedida na manhã desta segunda 22. “Quem sou eu neste monte de gente estrelada?”

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A novela dos olavistas e militares ganhou um novo capítulo no fim de semana. O motivo? Um vídeo de Olavo de Carvalho compartilhado pelo presidente Jair Bolsonaro no YouTube. A postagem foi apagada, mas rendeu desabafos virtuais de Carlos Bolsonaro, o filho 02 e assessor de redes sociais do pai.

 

No vídeo, o astrólogo diz que, desde Euclides da Cunha, a única contribuição dos militares à cultura nacional foi ‘cabelo pintado’ e ‘voz empostada’. Ficou subentendido que o presidente endossava as declarações do guru.

“Esse pessoal subiu ao poder em 1964, destruiu os políticos de direita e sobrou o quê? Os comunistas. E os comunistas tomaram o poder. E nós livramos o país do comunismo? Não, nós entregamos o país ao comunismo. Se tivessem vergonha na cara, assumiriam o seu erro”, diz Olavo.

 

O vídeo foi parar no perfil de Bolsonaro no sábado, mas foi apagado na noite de domingo. Depois disso, Carlos Bolsonaro compartilhou a publicação em seu próprio canal no YouTube.

Criticado, Carlos fez um anúncio em tom de despedida na manhã desta segunda 22. Disse que começa uma ‘nova fase’ longe do poder. “Quem sou eu neste monte de gente estrelada?”, disse, em referência ao símbolo que representa a patente do generais e oficiais das Forças Armadas.

Não é a primeira vez que Carlos ameaça abrir mão da influência sobre o pai. Logo após as eleições, quando Bolsonaro ventilou nomeá-lo à Secom, ele anunciou que deixaria a equipe de comunicação e retomaria o mandato como vereador no Rio de Janeiro.

Mas são vários os indícios de que, até hoje, é ele quem publica nas redes sociais do pai — a conta de Bolsonaro no Twitter já publicou, por exemplo, posts sobre a Câmara municipal carioca. Há duas semanas, em transmissão ao vivo no Facebook, o presidente disse que o filho o ajuda a ‘coordenar’ as postagens, e voltou a afirmar que ele deveria ter cargo no governo.

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