Política

Em live, Bolsonaro ataca a Argentina e diz que o Brasil ‘vai bem, graças a Deus’

‘Deixar bem claro: você que perdeu seu emprego e sua renda, a culpa não foi minha’, declarou também o presidente

Foto: Reprodução/Redes Sociais
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O presidente Jair Bolsonaro usou sua transmissão ao vivo nas redes sociais nesta quinta-feira 24 para atacar a Coronavac, vacina produzida no Brasil pelo Instituto Butantan, de São Paulo. Também sobraram críticas ao ex-presidente Lula, a governadores e aos presidentes da Argentina, Alberto Fernández, e da Venezuela, Nicolás Maduro.

“Deixar bem claro: você que perdeu seu emprego e sua renda, a culpa não foi minha. Quem fechou comércio foram governadores e prefeitos. Não joguem essa culpa para cima de mim”, disse Bolsonaro.

Ao mencionar o cenário econômico de outros países, declarou que as dificuldades na Argentina decorrem “do socialismo”.

“Quem decidiu a eleição na Argentina foi o isentão. ‘Ah, não voto em nenhum dos dois’. A esquerdalha vai votar em todo lugar do mundo, a esquerda vota, são doutrinados para isso. Em consequência, a esquerda ganhou na Argentina”, disse o presidente, que ainda citou o ex-presidente da Venezuela Hugo Chávez e o atual mandatário, Nicolás Maduro, aos quais se referiu como “os candidatos do Lula”.

“Governos socialistas, igual o ex-presidiário aqui no Brasil”, acrescentou. Segundo Bolsonaro, porém, “o Brasil vai bem, graças a Deus”. O País fechou esta quinta com 509.141 mortes por Covid-19, atrás apenas dos Estados Unidos no ranking global de óbitos.

Sem apresentar dados, o ocupante do Palácio do Planalto também criticou a Coronavac. “Pelo que parece, não está dando certo. Ou está pegando em pouca gente, não está pegando naquela quantidade de gente que achava que ia pegar. O tempo dirá”.

Ao contrário do que diz Bolsonaro, uma pesquisa sobre a eficácia das vacinas anti-Covid-19 indica que a Coronavac é a que mais protege contra casos graves da doença, prevenindo até 97% das mortes de infectados.

O levantamento foi realizado e divulgado no último fim de semana por Wanderson de Oliveira, ex-secretário Nacional de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde. Atualmente, ele ocupa o posto de secretário de Serviços Integrados de Saúde do Supremo Tribunal Federal. O estudo se baseou em dados do sistema OpenDataSus, do próprio ministério.

A pesquisa também analisou os índices de eficácia contra casos graves de outros imunizantes: AstraZeneca (90%), Pfizer (80%), Janssen (85%) e Sputnik V (85%).

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