Política

Em evento, Janja e ministras cobram mais representatividade na equipe de governo

Segundo a primeira-dama, o presidente tem se mostrado disposto a ‘aprender’ sobre a pauta com as mulheres da equipe

Brasília (DF), 04/03/2024, A ministra das Mulheres, Cida Gonçalves, a primeira dama Janja Lula da Silva, a ministra do Planejamento, Simone Tebet, e a ministra do STF, Carmen Lúcia, durante lançamento do Relatório da Agenda Transversal Mulheres PPA 2024-2027 Foto: Jose Cruz/Agência Brasil
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A primeira-dama Rosângela Silva, a Janja, aproveitou o lançamento do Relatório da Agenda Transversal Mulheres PPA 2024-2027, nesta segunda-feira 4, na sede do Banco do Brasil, em Brasília, para reforçar o apelo que tem feito desde o início do governo por mais representatividade feminina na equipe.

O registro das declarações da socióloga é do jornal O Globo, que acompanhou o evento com plateia majoritariamente formada por servidoras públicas. Conforme descreveu a publicação, Janja não se furtou a dizer que já pediu – e seguirá pedindo – a Lula mais espaço para mulheres nas instâncias de poder. O presidente, diz ela, se mostra disposto a ‘aprender’.

“Apesar de ele ser presidente, a gente tem muito também o que ensinar e mostrar para ele. É isso que ele espera de nós”, disse Janja no evento.

Ela reforçou, ainda, que usará o Plano Plurianual como mais um de seus argumentos para indicação de mulheres aos cargos de liderança. O documento prevê, entre outros itens, a redução em 10% da desigualdade salarial entre homens e mulheres até 2027.

O investimento em projetos científicos femininos e bolsas para mulheres que integram parcelas mais vulneráveis da população também aparecem no texto, bem como a construção de maternidades e outros espaços de atendimento e acolhimento.

Segundo Janja, este será ‘o livro de cabeceira’ de Lula nos próximos dias. A ideia, defende, é que a proposta ajude a reduzir o ‘incomodo’ de se encontrar espaços como o atual STF, majoritariamente masculinos. A Corte atual conta apenas com Carmén Lúcia, após aposentadoria de Rosa Weber e indicação de Flávio Dino.

“Toda vez que eu chego lá no Supremo, eu vou direto para ela [Carmén Lúcia]. Porque eu sempre entro naquele salão e é muito masculino. Aquilo me incomoda muito”, relatou a primeira-dama.

“Eu espero, realmente, é um espaço muito difícil, mas eu espero que ainda esse espaço possa ser de mais mulheres”, concluiu em seguida.

O apelo e as cobranças de Janja, conforme destaca o jornal, foram ecoados pelas demais ministras presentes no evento, como Margareth Menezes, da Cultura, e Cida Gonçalves, das Mulheres. Ambas disseram esperar mais paridade na composição do Planalto. Carmém Lúcia, do STF, também discursou em linha com a avaliação de Janja.

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