Política

8 horas depois, linha privatizada da CPTM elogiada por Tarcísio segue com pane elétrica

A empresa controla a operação das linhas 8-Diamante e 9-Esmeralda. O contrato com o governo de São Paulo, assinado em 2021, vale por 30 anos

Problemas em linha privatizada da CPTM em 3 de outubro de 2023. Foto: Reprodução/Redes Sociais
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A ViaMobilidade, concessionária responsável por administrar algumas linhas da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos, a CPTM, informou na noite desta terça-feira 3 ainda não ter resolvido uma falha no sistema elétrico que paralisou a circulação entre as estações Morumbi e Villa Lobos-Jaguaré.

O problema ocorreu às 13h58. Às 19h08, a empresa informou que técnicos “atuam para apurar as causas da falha e para normalizar integralmente a operação”. Até as 22h, a companhia não havia confirmado a resolução. Enquanto isso, passageiros têm de recorrer a um sistema emergencial de ônibus.

A falha no serviço concedido à iniciativa privada ocorre exatamente no dia em que funcionários do Metrô, da CPTM e da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo, a Sabesp, promovem uma greve unificada para reivindicar melhores condições de trabalho e contestar a privatização dos serviços.

Eles denunciam que transferir o controle do poder público para a iniciativa privada tende a encarecer tarifas e piorar a qualidade dos serviços.

Logo no início desta terça, o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) celebrou o fato de linhas privatizadas estarem em funcionamento no dia da greve. A paralisação de trabalhadores, segundo ele, reforça a decisão da gestão estadual de estudar a concessão de linhas do Metrô e da CPTM.

“Quais as linhas disponíveis hoje? As linhas 4, 5, 8 e 9, operadas pela iniciativa privada. Isso reforça a convicção de que estamos indo na direção certa”, disse o bolsonarista.

Tarcísio afirmou que serviços públicos precisam ter “regularidade e disponibilidade”. “E quais são as que estão em funcionamento hoje? As que foram transferidas para a iniciativa privada. Essas linhas não estão deixando o cidadão na mão.”

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