O ex-policial militar Élcio de Queiroz foi transferido da Penitenciária Federal de Brasília para uma unidade de segurança máxima no Complexo Penitenciário da Papuda na noite da terça-feira 25.
Em junho, antes de firmar seu acordo de delação premiada, ele já havia sido transferido de Porto Velho, em Rondônia, para a capital federal. A Secretaria de Administração Penitenciária não forneceu detalhes sobre as justificativas para as transferências.
Na delação, Queiroz relatou detalhes sobre o assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes. A força-tarefa diz ter confirmado os elementos centrais da versão apresentada na colaboração.
O Ministério Público do Rio de Janeiro informou, porém, que o acordo de delação do ex-PM não o livra de ser julgado pelo Tribunal do Júri.
O órgão também garante que a colaboração “não estipula nenhuma redução de pena” e que é “certo que o colaborador cumprirá toda aquela que vier a ser fixada em futuro julgamento, respeitado o limite do artigo 75 do Código Penal”. O artigo mencionado determina que o tempo de cumprimento das penas privativas de liberdade não pode ser superior a 40 anos.
Os três personagens-chave do caso e da Operação Élpis, deflagrada na segunda-feira 24, são:
- O ex-policial militar Ronnie Lessa, acusado de ser o autor dos tiros;
- Élcio de Queiroz, motorista do Cobalt no momento dos assassinatos;
- e Maxwell Simões Corrêa, suspeito de envolvimento no planejamento do crime, por meio da “vigilância” de Marielle.
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