Política

Diretor da PRF cita ‘dor institucional’ após morte de criança no Rio e projeta mudança em doutrina

‘Quando vem de um equívoco nosso, logicamente, a dor ainda é maior’, afirmou Antônio Fernando Oliveira

Divulgação/PRF
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O diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal, Antônio Fernando Oliveira, afirmou nesta segunda-feira 18 que a morte da menina Heloísa dos Santos, de 3 anos, atingida por tiros durante uma abordagem da corporação no Rio de Janeiro, representa uma “dor institucional”.

Oliveira projetou a adoção de mudanças no trabalho da PRF, a fim de evitar que abordagens gerem mortes.

“É uma dor institucional quando nós perdemos uma vida. Qualquer que seja o fato gerador dessa perda. Quando vem de um equívoco nosso, logicamente, ela ainda é maior”, disse, em coletiva de imprensa. “Nós estamos fazendo não só um curso de reciclagem. Nós estamos fazendo um estudo para mudança da doutrina de atuação da Polícia Rodoviária Federal.”

Segundo ele, a corporação promoverá uma audiência pública em outubro para “escutar a sociedade no redesenho dessa doutrina”.

Horas antes, o ministro da Justiça e da Segurança Pública, Flávio Dino, afirmou haver um “esforço sincero” pela redução de mortes por ações policiais da PRF.

A pasta informou ter identificado oito mortes decorrentes de operações da corporação neste ano. Em 2022, houve 44 mortes nos 12 meses. Os números de 2023 são proporcionalmente inferiores, mas não são definitivos.

Segundo o diretor-geral da PRF, a Corregedoria da instituição investigará também a conduta de agentes que foram ao hospital onde Heloísa esteve internada por seis dias.

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