Política

Diretor da PF reclama de ‘negligência’ com acampamentos golpistas: ‘Eram criminosos’

Segundo Andrei Rodrigues, não era preciso ser ‘vidente’ para concluir que o grupo tentaria atacar a Praça dos Três Poderes

O acampamento dos extremistas permaneceu por dois meses na porta do QG do Exército - Imagem: Valter Campanato/ABR
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O diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues, afirmou nesta segunda-feira 31 ter havido negligência de órgãos públicos em relação aos acampamentos golpistas montados por apoiadores de Jair Bolsonaro em frente a quartéis do Exército.

Indicado pelo presidente Lula para o comando da PF, o delegado declarou que não era preciso ser “vidente” para concluir que o grupo tentaria atacar a Praça dos Três Poderes, o que se confirmou em 8 de Janeiro.

“Era um acampamento de criminosos, que reunia pessoas que estavam tramando um golpe de Estado. O que houve foi uma negligência de várias entidades, de vários órgãos públicos”, disse Rodrigues. “Verbalizei e inclusive formalizei isso num ofício, dizendo que aquelas pessoas precisavam ser contidas no acampamento, caso contrário iriam invadir o Congresso, o STF e o Palácio do Planalto. Não sou vidente, só estava vendo as coisas.”

As declarações foram concedidas em um evento sobre os dez anos da Lei Anticorrupção promovido pela Transparência Internacional em parceria com o Insper.

Também nesta segunda, o jornal Folha de S.Paulo informou que um inquérito militar conduzido pelo Exército apontou “indícios de responsabilidade” da Secretaria de Segurança e Coordenação Presidencial, subordinada ao Gabinete de Segurança Institucional.

A Força alega que um planejamento “adequado” no início do governo poderia ter evitado os ataques golpistas.

O relatório ainda tenta minimizar a ação do Exército em relação aos acampamentos, alegando que a área em frente ao quartel-general de Brasília foi ocupada a partir de 30 de outubro “de forma intensa, porém pacífica” e que houve “redução gradual no número de manifestantes” a partir de 15 de novembro, “em razão da postura restritiva” do Comando Militar do Planalto.

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