Política

Deputados acionam o TCU por uso de dinheiro público para bancar as motociatas de Bolsonaro

Uma reportagem do jornal ‘O Estado de S. Paulo’ mostrou que as motociatas foram custeadas com dinheiro do cartão corporativo da Presidência

Foto: Evaristo Sa/AFP
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Os deputados federais Reginaldo Lopes (PT-MG) e Zeca Dirceu (PT-PR) acionaram o Tribunal de Contas da União contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) por suposto uso indevido de recursos públicos no custeio das ‘motociatas’, como ficaram conhecidos os eventos do ex-capitão com apoiadores.

Uma reportagem do jornal O Estado de S. Paulo mostrou que as motociatas foram custeadas com dinheiro do cartão corporativo da Presidência da República, com base nos dados divulgados pela agência Fiquem Sabendo. O uso do instrumento não é permitido o uso para interesses privados de qualquer servidor.

Para os parlamentares, Bolsonaro teria utilizado os recursos sem qualquer vinculação a atos de interesse público, o que configuraria má administração do dinheiro público. “É irrefutável o desvio de finalidade no uso do cartão corporativo da Presidência da República nos eventos apelidados de ‘motociata’, devendo os responsáveis devolver os recursos ao erário, além de sofrer as consequências administrativas pertinentes”, diz um trecho da ação.

Os deputados ainda querem que, caso irregularidades sejam constatadas pelo TCU, o ex-presidente devolva os valores gastos com as motociatas aos cofres públicos.

“O prejuízo causado aos cofres públicos em razão da realização de evento de caráter indisputavelmente pessoal, sem
qualquer interesse público, porém, às custas de dinheiro público deve ser ressarcido em sua integralidade aos cofres públicos, para que possa ser destinado a ações de interesse da coletividade”, defendem.

O uso do cartão corporativo por Bolsonaro já é alvo de outros pedidos de investigação. Mais cedo, o subprocurador Lucas Rocha Furtado, do Ministério Público de Contas, enviou ao ministro Antonio Anastasia um ofício em que pede a apuração sobre o uso do instrumento pelo ex-capitão.

O requerimento foi enviado à Corte após o portal UOL ter publicado, nesta quarta-feira 25, uma reportagem que mostra que o cartão corporativo bancou o “home office” do vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ).

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