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Depois do tsunami

O lulismo traça planos para recuperar o protagonismo internacional do Brasil arruinado por Bolsonaro

Amorim é cotado para voltar ao comando do Itamaraty caso Lula vença, mas há outros nomes no páreo, de diplomatas de carreira a políticos - Imagem: Ricardo Stuckert
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Um dia após Jair Bolsonaro cumprir a tradição do Brasil e abrir a Assembleia-Geral das Nações Unidas, Lula participou de encontros em São Paulo reveladores da expectativa mundial em relação a quem estará naquele mesmo púlpito em Nova York no próximo ano. O ex-presidente reuniu-se com diplomatas dos BRICS (exceto China), na se­quência encontrou representantes de cinco nações europeias (Alemanha, França, Holanda, Polônia e Suíça) e, por fim, conversou com o embaixador interino dos Estados Unidos, Douglas Koneff. Seu principal conselheiro internacional, o ex-chanceler Celso Amorim, esteve nas conversas. Em seguida, na quinta-feira 22, viajou a Brasília para trocar ideias com embaixadores de países latino-americanos. Estes queriam saber quem deveriam procurar para cumprimentar o petista em caso de vitória nas urnas e, claro, como seria a política externa em um novo mandato de Lula.

Entre colaboradores do ex-presidente e de Amorim, comenta-se que a defesa do meio ambiente e da Amazônia e os desafios da mudança climática estarão no centro da futura política externa. Bandeira a ser empunhada em companhia de dois vizinhos de governos progressistas, a Colômbia de Gustavo Petro e o Chile de ­Gabriel Boric. O tema ambiental é o mais importante hoje na Europa, por exemplo, e uma das causas do repúdio das finanças globais ao Brasil de Bolsonaro. Ministra do Meio Ambiente no governo Dilma Rousseff, Izabela Teixeira é a favor da criação de uma Secretaria de Emergência Climática ligada ao presidente. Defende ainda que o governo eleito em outubro aproveite a Conferência da ONU para Mudanças Climáticas, a COP-27, em novembro, no Egito, para mostrar ao mundo o engajamento na área.

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