Política

Debate eleitoral SP: os destaques do segundo encontro dos candidatos ao governo

O candidato do PSDB à reeleição Geraldo Alckmin, Paulo Skaf, do PMDB e Alexandre Padilha, do PT, estavam entre os presentes no evento promovido pelo SBT, UOL, Folha de S. Paulo e Jovem Pan

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O SBT realiza nesta segunda-feira, 25, o segundo debate entre os candidatos ao governo do estado de São Paulo. O governador Geraldo Alckmin não compareceu ao primeiro evento, realizado no último sábado, pela Bandeirantes, pois estava internado com uma infecção intestinal. O debate do SBT acontece em parceria com o portal UOL, o jornal Folha de S.Paulo e a rádio Jovem Pan. Participam do evento Geraldo Alckmin (PSDB), Paulo Skaf (PMDB), Alexandre Padilha (PT), Gilberto Natalini (PV), Laércio Benko (PHS), Gilberto Maringoni (PSOL) e Walter Ciglioni (PRTB).

19:24 – Candidatos começam suas considerações finais.

19:20 – Fim do terceiro bloco.

19:17 – Alckmin pergunta a Natalini sobre habitação, e fala em ampliar programas da CDHU e fazer parceria público-privada no centro expandido para aproximar a pessoa do emprego.

19:14 – Benko menciona mais uma vez sua proposta da economia criativa, falando em folclore e defendendo que o teatro leva à criação de empregos. “Temos de chegar à economia do século 21. Na Inglaterra, o que se arrecada de direitos autorais dos Beatles é mais do que muito estado brasileiro.”

19:12 – “Sou a favor da Constituição, que garante a manifestação, a reunião. Imagino se tivéssemos tido uma repressão em 1984 na época das Diretas Já, quando as pessoas pediam pelas Diretas Já? Eu sou contra a ação repressiva da polícia, não sou contra a polícia”, afirma Maringoni.

19:09 – Os protestos de junho do ano passado voltam a ser mencionados. “Eu estava em quase todas as manifestações, e havia um fenômeno ali: a dos provocadores”, diz Maringoni. “Eu fui testemunha disso, na esquina da Consolação com a Caio Prado, quando tudo estava acordado com a PM. O problema é que um provocador lança uma pedra e inicia a repressão. Os black blocs afastaram as pessoas das manifestações.”

19:07 – “Estou muito preocupado com os assaltos nas estradas”, afirmou Maringoni em pergunta para Benko, para depois arrematar em sua réplica. “Estou falando de outro tipo de assalto, estou falando dos pedágios.”

19:06 – Os assaltos em estradas e no resto da cidade são tema de questão entre Maringoni e Benko. Volta a aparecer aqui o tema da falta de inteligência no trabalho da polícia. “Vamos trazer a segurança para o século 21.”

19:03 – Natalini promete aumentar de 12% para 15% os recursos para a saúde, aumento para 60% a cobertura do programa Saúde da Família. “Precisamos ajudar as cidades, os prefeitos estão enforcados. Não é possível estrangular um sistema tão belo quanto o SUS por problemas de orçamento.”

19:02 – “O que farei como governador, em primeiro lugar, é arrumar a gestão da saúde”, diz Paulo Skaf. “Temos que acertar um cadastro único, um prontuário eletrônico, para que alguém que for atendido numa parte do estado possa ter sequência em seu tratamento em outra.”

18:58 – Skaf toca na questão da histórica disputa entre PT e PSDB pelo governo de SP, que sempre acaba com a vitória do último. “Isso mostra que a população não quer o primeiro e que o segundo não sabe resolver as questões.”

18:53 – Alexandre Padilha pergunta a Alckmin sobre a queda na qualidade do Ensino Médio, de responsabilidade do estado. “Estamos pelo último IDEB entre os três melhores do Brasil. Ampliamos as ETECs e as FATECs.  O governo do estado é o único do brasil que investe 30% em educação. A questão da progressão continuada: o aluno é examinado e pode repetir todo ano. Se ele não falta, é por ciclos, como é na prefeitura de São Paulo.”

18:53 – Os candidatos voltam a formular perguntas.

18:51 – Fim do Segundo Bloco.

18:48 – “É preciso investir em inteligência policial, para que ela opere com inteligência, e não com violência. Isso significa melhorar os inquéritos e não mais acontecer o que acontece no Jardim Ângela, em que a polícia trata os moradores de forma violenta.”, afirma Benko.

18:47 – Natalini fala de invasão de terreno em nascente da Guarapiranga e diz que Padilha tem de dialogar melhor com Haddad sobre a proteção das mananciais.

18:43 – O jornalista Fabio Diamante pergunta a Benko sobre sua proposta de governar com apenas quatro secretarias: “Se quantidade de secretarias fosse eficiência, o governo federal e o estadual estariam funcionando perfeitamente”, responde ele.

18:38 – Fernando Rodrigues lembra crises feitas por Maringoni ao brasão da Polícia Militar. Este responde: “O símbolo da PM remete à guerra de Canudos, a 1964. São duas das mais exacerbadas ações da polícia de São Paulo contra a população. Isso precisa ser mudado dentro de um ambiente democrático”.

18:36 – “O problema da crise hídrica é mais grave do que se pensa”, acrescenta Natalini. “As mudanças climáticas existem. Os governos se recusam a acreditar que a estiagem vem mais forte do que se imagina.”

18:35 – “A questão hídrica é muito sécia. O governador alega que a culpa é de São Pedro, mas São Pedro não pode responder a uma CPI”, afirma Maringoni. “De 30 a 40% do lucro da Sabesp vai direto pros investidores. Enquanto o estado não retomar o controle da Sabesp vai continuar havendo vazamento. Não só de água, mas de dinheiro pro bolso de espertinhos.”

18:30 – “O senhor irá fazer racionamento de água se assumir o governo? Sim ou não?”, pergunta Fernando Canzian. “Não”, responde o petista, acrescentando que fará obras na área do abastecimento, incentivará a economia e protegerá os mananciais. “Seu discurso não enche a caixa d’água de ninguém”, diz a Alckmin.

18:27 – “Eu fiz o Mais Médicos, o governo do estado fez o mais roubo, o mais crime, o mais racionamento de água”, provoca Padilha.

18:25 – Repórter Fabio Diamante, do SBT, pergunta a Skaf como pode criticar a política de segurança pública e escolher um conselheiro de governos anteriores. Skaf responde com ataques a Alckmin: “Se o governador entende que a segurança pública está bem no estado de São Paulo, então estamos vivendo em dois estados. A cada minuto, cinco pessoas são roubadas ou furtados. Por hora, uma pessoa é morta. A segurança pública é um desastre em São Paulo.”

18:23 – “Quem usa máscara quer fazer coisa errada. Essa lei eu já teria sancionado sim, a exemplo da Alemanha, do Canadá. Sem dúvida, a segurança pública é um problema em São Paulo por falta de um comando mais firme do governador”, comenda Skaf.

18:22 – “Somos contrários a qualquer tipo de máscaras. Uma coisa são as manifestações, outa são atos de violência”, diz Geraldo Alckmin em resposta ao jornalista Fernando Rodrigues. “A política no Brasil faliu, é preciso um novo modelo, uma reforma política. Outra coisa é baderna, bagunça, depredação, destruição de patrimônio público e privado. Aí a polícia de São Paulo é firma nesse trabalho.” E usa o resto do tempo para dirigir-se a Padilha: “A polícia de São Paulo não é assassina, a polícia é firme e legalista.”

18:20 – No segundo bloco do debate, jornalistas fazem perguntas para os candidatos.

18:15 – Fim do primeiro bloco.

18:14 – “Fui buscar médicos de Cuba para salvar vida de milhões de brasileiros. Trarei sim experiências dos Estados Unidos se elas nos auxiliarem”, afirma Padilha, mencionando sua experiência no Mais Médicos. Maringoni então menciona o caso de Ferguson e as denúncias de violência policial no país norte-americano.

18:11 – Maringoni ataca programa de segurança de Padilha (PT): “Nos anos 1980, o PT tinha uma proposta de segurança que envolvia a desmilitarização da PM e a unificação das polícias. O senhor faz campanha agora extremamente semelhante à do Geraldo Alckmin. O senhor mudou a linha de campanha para agradar os conservadores?”

18:09 – Gilberto Natalini (PV) direciona-se a Gilberto Maringoni (PSOL) em questão sobre combate à corrupção, que ataca financiamento privado de campanhas e pede tempo igual de televisão aos partidos.

18:06 – “Quero ser governador para fazer com que São Paulo volte ao ritmo dos paulistas, e não ao ritmo das promessas não cumpridas pelo atual governador”, ataca Padilha em sua réplica.

18:03 – Alexandre Padilha (PT) questiona propostas de Walter Ciglioni (PRTB) para a mobilidade urbana. “Continua a mesma proposta do partido, interligar para facilitar a vida do cidadão. Nossa proposta é interligar tudo. Temos metade da capital com mobilidade por carro, o que precisa ser repensado.”

17:59 – Alckmin questiona Benko sobre suas propostas para a mobilidade urbana. “Nossa proposta é tirar do papel o que está no papel no seu governo há 20 anos”, responde o candidato do PHS. “Eu ainda tinha cabelo quando começou a obra do Rodoanel.”

17:57 – Paulo Skaf menciona o alto índice de estupros em pergunta para Gilberto Natalini (PV). “Vou dar especial atenção ao tema”. Responde Natalini: “A violência contra a mulher é endêmica e deve ser abordada por toda a sociedade. Com a polícia, com as famílias, mas também com debate de toda a sociedade. (…) Temos de combater todo tipo de monstruosidade que agride a vida das pessoas. Nosso problema de criminalidade hoje é o avanço e o enraizamento do crime organizado. Qualquer plano de segurança pública que não der combate sem trégua ao crime organizado não vai ter sucesso. Precisamos desmantelar o crime organizado, essa deve ser a política de segurança pública corajosa de um governo.”

17:54 – Laércio Benko: “O senhor precisa liderar. Nós sabemos os candidatos de todos os presentes. Eu por exemplo votarei na Marina Silva. Em quem o senhor votará?” “Certamente o vereador não está andando pelo interior, pelos bairros carentes, onde falta saúde, segurança, transporte público. Se estivesse a par disso, estaria menos preocupado com o aspecto político.”

17:50 – Laércio Benko (PHS) menciona as manifestações de 2013 e provoca Paulo Skaf (PMDB): “A sociedade quer mudança e nós queremos o fim da polarização PT x PSDB. O senhor afirma que voltará no Michel Temer, mas ele não é candidato. O senhor prega o voto nulo ou votará na Dilma Rousseff?” Skaf responde: “Na verdade, reiteradamente tenho dito e repito que em São Paulo, assim como o PSDB e todos os partidos representados são meus adversários. Nós temos uma proposta diferente em busca de gestão eficiente. Meu voto é para o meu partido.”

17:45 – Walter Ciglioni (PRTB) pergunta a Geraldo Alckmin (PSDB) sobre o tráfico de armas e drogas e seus impactos para o Estado. Alckmin defende ação da polícia para o combate a ele e diz que os usuários de drogas devem receber tratamento médico. “Me emociono com cada jovem que a gente recupera.”

17:40 – Em pesquisa Ibope divulgada no final de julho, o atual governador Geraldo Alckmin aparece como favorito à releição, com 50% das intenções de voto. ele é seguido por Paulo Skaf (PMDB), com 11%, e Alexandre Padilha (PT), com 5%. Gilberto Natalini (PV), Laércio Benko (PHS), Raimundo Sena (PCO), Wagner Farias (PCB) e Gilberto Maringoni (PSol) têm todos 1%.

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