Política

Damares confirma que pediu “prisão” de governadores e prefeitos em reunião de ministros

Segundo ministra, a fala teria tido o contexto de casos de corrupção que possam acontecer na pandemia

Foto: Isac Nóbrega/PR
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A ministra dos Mulher, Família e Direitos Humanos, Damares Alves, confirmou nesta terça-feira 12 que a reunião interministerial do dia 22 de abril, apontada como uma das principais provas contra a tentativa de interferência de Jair Bolsonaro na Polícia Federal, teve uma fala sua pedindo pela prisão de governadores e prefeitos.

Nas redes sociais, a ministra se justifica e diz que os pedidos de punição teriam sido feito a “gestores violadores de direitos ou que desviam verba pública (corruptos)”. A ministra não apresentou quem seriam seus supostos alvos.

“Se em nome de quarentena alguém agredir idoso, mulher ou qualquer outro na rua, vou pedir justiça, sim. E se houve crime, que seja preso.”, escreveu ela na publicação.

A fala de Damares se mistura a outros relatos importantes que a gravação da reunião traz. Entre eles, há xingamentos e outros pedidos de prisão feitos pelo ministro da Educação, Abraham Weintraub, e um trecho apontado como “explosivo” pelos interlocutores: nele, o presidente Jair Bolsonaro admitiria que trocaria a chefia do Superintendente na Polícia Federal porque sua família estava “sendo perseguida”.

Os relatos sobre o teor da reunião foram concedidos a jornalistas enquanto todos aguardam pela decisão do ministro Celso de Mello, do Supremo Tribunal Federal, que tem nas mãos a liberação ou não da íntegra do conteúdo.

Nesta terça, essas imagens da foram mostradas para representantes da Procuradoria-Geral da República (PGR), da Advocacia-Geral da União (AGU), policiais federais e ao próprio ex-ministro Sérgio Moro, pivô da crise que começou após seu pedido de demissão.

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