Em mensagens trocadas em um chat com ele mesmo no Telegram, Dallagnol chegou a se considerar “provavelmente eleito”. Ele avaliou também que a mudança que desejava apresentar ao Brasil dependeria de “o MPF lançar um candidato por estado”.

“Tenho apenas 37 anos. A terceira tentação de Jesus no deserto foi um atalho para o reinado. Apesar de em 2022 ter renovação de só 1 vaga e de ser Álvaro Dias, se for para ser, será. Posso traçar plano focado em fazer mudanças e que pode acabar tendo como efeito manter essa porta aberta”, escreveu, em 29 de janeiro de 2018, a si próprio.

Agora, Dallagnol tende a se juntar, também na política, ao ex-juiz Sergio Moro, que se filiou ao Podemos na última quarta-feira 10.  Na cerimônia, em Brasília, Moro discursou como pré-candidato à Presidência ao criticar os principais adversários, o ex-presidente Lula e Jair Bolsonaro, a quem serviu como ministro da Justiça e da Segurança Pública.

Sobre o petista, o ex-juiz classificou a Operação Lava Jato como “um momento histórico”. “Quebramos a impunidade da corrupção. Pela primeira vez gente poderosa pagou pelos crimes”, alegou.

Já em relação ao ex-capitão, o ex-ministro declarou que sua vontade era de continuar no cargo. “Quando aceitei [ser ministro], eu acreditava na missão de combater a corrupção, mas o apoio do governo foi negado. Vi meu trabalho boicotado e continuar seria uma farsa. Não existe nenhum cargo que valha a alma de uma pessoa.”