Política

Crivella é preso em operação que investiga ‘QG da Propina’ no Rio

A ação da Polícia Civil e do Ministério Público do Rio de Janeiro é desdobramento da Operação Hades

O ex-prefeito do Rio de Janeiro Marcelo Crivella. Foto: EBC
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Foi preso na manhã desta terça-feira 22 o prefeito do Rio de Janeiro Marcelo Crivella (Republicanos). A ação é da Polícia Civil e o Ministério Público do Rio de Janeiro.Trata-se de um desdobramento da Operação Hades, que investiga um suposto ‘QG da Propina’ na Prefeitura do Rio.

“Foi o governo que mais atuou contra a corrupção”, declarou Crivella, ao chegar à Cidade da Polícia, no bairro do Jacarezinho, na zona norte do Rio, em rápida coletiva, pouco após as 6h30. Ele atribuiu a prisão a suposta “perseguição política” e disse esperar “justiça”.

 

Também foram presos o delegado aposentado Fernando Moraes e o empresário Rafael Alves, irmão de Marcelo Alves, ex-presidente da Riotur.

Rafael Alves é apontado como um dos operadores do esquema. Embora não tivesse cargo na Prefeitura, Alves dava expediente da Cidade das Artes e se tornou, segundo as investigações, homem de confiança de Crivella, ajudando-o a viabilizar a doação de recursos na campanha de 2016.A investigação começou em 2018, e tem como base a delação do doleiro Sergio Mizrahy, preso pela Operação Câmbio, Desligo.

Na eleição do mês passado, Crivella perdeu no segundo turno por 64% a 36% para o ex-prefeito Eduardo Paes (DEM).

Na campanha pela reeleição, sobretudo no segundo turno, Crivella teve no combate à corrupção uma de suas bandeiras prioritárias. Ele reafirmava que seu adversário Eduardo Paes (DEM), que o derrotou, iria para a cadeia, por corrupção durante seus dois mandatos na prefeitura, de 2009 a 2016.

Com o afastamento de Crivella, o primeiro na linha sucessória é o presidente da Câmara de Vereadores do Rio, Jorge Felippe (DEM), uma vez que o vice na chapa vencedora em 2016, Fernando Mac Dowell, faleceu em 2018 vítima de um enfarte.

Crivella, no último debate entre os candidatos à prefeitura do Rio, na Rede Globo, repetia que o adversário, o agora prefeito eleito Eduardo Paes, seria preso. Na ocasião, Paes respondeu que “com esse tom, com essa coisa do QG da propina, dos guardiões do Crivella, lamentavelmente isso vai acontecer com você”.

(com informações de Estadão Conteúdo)

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