Política
Cresce a insatisfação com o governo entre os eleitores de Bolsonaro, revela pesquisa
Em apenas 15 dias, a reprovação ao atual governo saltou cinco pontos percentuais, atingindo 1 a cada 3 eleitores do ex-capitão
O presidente Jair Bolsonaro (PL) é reprovado por 1 a cada 3 dos seus eleitores no segundo turno de 2018, de acordo com a nova rodada da pesquisa PoderData, divulgada nesta quinta-feira 25.
O resultado (32%) marca um crescimento de cinco pontos percentuais em apenas 15 dias, indicando aumento da insatisfação entre os antigos apoiadores do atual governo.
Mesmo com o avanço, Bolsonaro ainda tem maioria de aprovação entre aqueles que o escolheram na última eleição nacional. Ao todo, 63% dos entrevistados marcaram avaliação positiva ao trabalho do ex-capitão na pesquisa desta quinta. Há duas semanas, o volume era de 66%.

Os números ainda são menores do que no resultado geral, quando o trabalho do atual governo é reprovado por 54% dos eleitores e aprovado por 38%.
A pesquisa desta quinta-feira também mostra que Bolsonaro perdeu 43% dos eleitores daquele segundo turno. A maioria dos arrependidos (23%), segundo o levantamento, deve votar em Lula (PT).
Desta fatia do eleitorado Ciro Gomes (PDT) herda 4%; Simone Tebet (MDB) e André Janones (Avante) receberam 3% cada. Luciano Bivar (UB), João Doria (PSDB) e Eymael (PSC) conseguiram atrair 1%.
Já entre os eleitores de Fernando Haddad (PT) naquele segundo turno, 76% afirmam que votarão em Lula em 2022. O atual presidente herda 6% de quem não pretende repetir o voto no PT. Veja os números:

Para chegar aos resultados, a pesquisa PoderData entrevistou 3 mil pessoas entre os dias 22 e 24 de maio. A margem de erro do levantamento é de 2 pontos percentuais e o nível de confiança é de 95%. No recorte geral, a pesquisa mostrou liderança de Lula (PT) no primeiro e no segundo turnos.
Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome
Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.
CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.
Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.
Leia também
Bolsonaro vai espernear, mas não tem condições de manter um regime de força, diz Haddad
Por CartaCapital
Maioria dos brasileiros considera Bolsonaro um presidente ruim ou péssimo, diz pesquisa
Por CartaCapital



