Política

CPMI do 8 de Janeiro volta aos trabalhos com depoimento de ex-diretor-adjunto da Abin

A convocação de Saulo Moura da Cunha foi aprovada na sessão de 20 de junho, a partir de requerimentos de bolsonaristas

Brasília (DF) 13/06/2023 Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do 8 de janeiro durante sessão para analisar e votar 285 requerimentos. Foto Lula Marques/ Agência Brasil.
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O retorno do Congresso Nacional aos trabalhos após o recesso marcará também a retomada da CPMI do 8 de Janeiro. A próxima sessão do colegiado está agendada para a próxima terça-feira 1º, às 9h, com o depoimento de Saulo Moura da Cunha, ex-diretor-adjunto da Agência Brasília de Inteligência.

A convocação de Cunha foi aprovada na sessão de 20 de junho, a partir de requerimentos assinados pelos bolsonaristas Magno Malta (PL-ES), Nikolas Ferreira (PL-MG) e Alexandre Ramagem (PL-RJ). O senador Izalci Lucas (PSDB-DF) também protocolou um pedido.

Saulo Moura da Cunha estava à frente da Abin no dia em que ocorreram os ataques golpistas às sedes dos Três Poderes. Sua convocação foi articulada pela oposição para tentar desgastar o governo Lula à base de alegações sobre uma suposta omissão em 8 de Janeiro.

O ex-diretor-adjunto foi exonerado da Abin em março. Um mês depois, foi escolhido para chefiar a assessoria especial de Planejamento e Assuntos Estratégicos do Gabinete de Segurança Institucional, cargo no qual permaneceu por dois meses.

Na última sessão antes do recesso, em 11 de julho, a CPMI aprovou uma série de quebras de sigilo. Um dos alvos foi o tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro.

Em um triunfo da oposição, porém, o colegiado também aprovou requerimentos de bolsonaristas que tentam levantar teses conspiratórias contra o governo federal. Um deles autoriza o acesso aos planos de voo do presidente Lula no final de semana dos atos golpistas, enquanto o segundo garante imagens das câmeras de segurança do Ministério da Justiça.

A Abin já compartilhou com a CPMI 11 relatórios de inteligência que descrevem em diversas frentes a organização dos ataques golpistas.

Os documentos, entre outros pontos, rastrearam os suspeitos de financiar e divulgar os atos, os organizadores e os planos, a envolverem até ataques a torres de energia e a sistemas de controle do Distrito Federal.

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