Política

Conversas entre PDT e Aécio por apoio a Ciro existem; confira detalhes da negociação

A CartaCapital, o presidente do PDT-MG, Mario Heringer, diz que o objetivo é ‘propiciar a Ciro um palanque razoável’

O ex-presidenciável Ciro Gomes (PDT). Foto: Reprodução
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Ainda em busca de alianças formais em torno da candidatura de Ciro Gomes à Presidência, o PDT acelera as conversas com o PSDB de Minas Gerais. O deputado federal Aécio Neves e o pré-candidato ao governo mineiro Marcus Pestana conduzem o diálogo pelo lado tucano. Pelo PDT lideram a negociação o presidente nacional, Carlos Lupi, e o presidente estadual, o deputado federal Mario Heringer.

Pelas redes sociais, Ciro afirmou que “há anos” não mantém “qualquer tipo de contato” com Aécio. E emendou: “Nem pretendo ter”. Na prática, porém, a aproximação entre os partidos existe. A CartaCapital, Heringer disse nesta sexta que o diálogo começou há cerca de dois meses, com um almoço oferecido por ele e Lupi a Aécio. O objetivo era “ver se havia ou não sinergia”.

Aquela conversa, acrescenta o deputado, “foi confortável”. E não foi a única. Nos últimos meses, tucanos e pedetistas se reuniram outras vezes para tratar da aliança. O objetivo das articulações, diz Heringer, é “propiciar ao Ciro um palanque razoável para disputarmos uma eleição com o mínimo de espaço”.

Se o PSDB mineiro decidir se juntar a Ciro na eleição presidencial, o PDT endossará Pestana na disputa estadual, indicando o nome da coligação ao Senado. Assim, Ciro garantiria um palanque em Minas.

“É um ganha-ganha”, avaliou Heringer na entrevista. “Pestana ganharia mais um partido, com viés que não é o de centro-direita dele, e também um tempo de TV melhorado. Para nós, a mesma coisa. Ganharíamos tempo de TV e isso nos interessa muito numa campanha majoritária para Ciro.”

Mario Heringer admitiu à reportagem seu incômodo com a falta de alianças formais pela candidatura de Ciro ao Planalto, cenário semelhante ao de 2018, quando o PDT conseguiu atrair apenas o pequeno Avante para sua coligação.

“Este momento é ainda muito mais florido, porque tem mais espaço e mais tempo. Mas é natural que isolamento não faça bem a ninguém. Então, não sei se incomoda a outros, mas a mim incomoda.”

A concretização de uma aliança em Minas, porém, é difícil. Após a saída de João Doria da disputa, o PSDB nacional bateu o martelo e decidiu se aliar à candidatura de Simone Tebet, do MDB, à Presidência.

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