Política

Consórcio de prefeitos para compra de vacinas reúne 1.703 cidades

Municípios somam mais de 125 milhões de habitantes, o que corresponde a cerca de 60% da população brasileira; veja quais são

A vacina Coronavac, desenvolvida pelo laboratório chinês Sinovac em parceria com o Instituto Butantan. Foto: CARL DE SOUZA/AFP
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A Frente Nacional de Prefeitos divulgou nesta sexta-feira a lista dos municípios interessados em fazer parte do consórcio idealizado para comprar vacinas contra a Covid-19.

De acordo com o documento, 1.703 cidades, que somam mais de 125 milhões de habitantes, integram a lista. Somente três capitais ficaram de fora: Macapá (AP), Vitória (ES) e Natal (RN).

Segundo o presidente da FNP, Jonas Donizette, se o governo federal, por meio do Ministério da Saúde, requisitar as doses adquiridas pelo consórcio, elas serão cedidas.

Em relação à distribuição dos imunizantes, Donizette afirmou que dependerá da origem dos recursos. Se o dinheiro for disponibilizado pelo próprio município, ele terá direito integral às doses correspondentes ao valor pago. Caso o pagamento seja feito pelo governo federal ou pela iniciativa privada, as vacinas serão divididas de forma igualitária.

Na coletiva após o anúncio, Donizette ainda disse que, além de imunizantes, o consórcio, que deve começar a funcionar no dia 22 de março, também servirá para compras de medicamentos, insumos e equipamentos.

“A falta de vacina não deve ser o único problema que vamos enfrentar no próximo período”, declarou.

Na última quarta-feira 3, o presidente da FNP afirmou que o anúncio do governo federal de que comprará as vacinas da Pfizer e da Janssen não conflita com a construção do consórcio de municípios, já que o propósito da iniciativa sempre foi estruturar uma ação complementar à do Ministério da Saúde.

Em fevereiro, os prefeitos divulgaram uma nota oficial em que cobram da pasta um cronograma com prazos e metas estipulados para a vacinação no País. No texto, a Frente culpou o governo pela falta de imunizantes.

“Os sucessivos equívocos do governo federal na coordenação do enfrentamento à Covid-19, e também na condução do Plano Nacional de Imunizações, estão diretamente ligados à escassez e à falta de doses de vacinas em cidades de todo o País”, dizia o protesto.

“Que o Brasil não soube lidar com a pandemia, não restam dúvidas, mas, prefeitas e prefeitos, que sempre solicitaram e incentivaram a organização nacional, agora exigem respostas”, finalizava.

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