Política
Comitiva brasileira nos EUA alerta para ameaças de Bolsonaro às eleições
Grupo de organizações da sociedade civil faz série de encontros para debater o processo eleitoral brasileiro nesta semana
Uma comitiva com representantes de 18 organizações da sociedade civil participará de uma série de reuniões com o Departamento de Estado americano, deputados, senadores e representantes sindicais nesta semana para discutir o contexto eleitoral brasileiro.
A intenção do grupo é alertar para os riscos dos ataques feitos pelo presidente Jair Bolsonaro (PL) e pedir para que os Estados Unidos reconheçam imediatamente o resultado do pleito brasileiro.
“A ida desta delegação da sociedade civil aos Estados Unidos nos dará a oportunidade de dialogar com atores institucionais e sociais que recentemente passaram por processos e contextos muito parecidos com o que vivemos atualmente no Brasil. E também temos o objetivo de firmar apoios para que a comunidade internacional reconheça imediatamente os resultados das urnas nas eleições deste ano”, avalia Flávia Pellegrino, secretária executiva do Pacto pela Democracia.
Na terça-feira 26, o grupo será recebido pelo Departamento de Estado americano e pela Comissão de Relações Exteriores da Câmara dos Deputados. Na sexta-feira 29, há uma reunião marcada com o deputado democrata Jamie Raskin, um dos coordenadores da Comissão Parlamentar que investiga a participação do ex-presidente Donald Trump na invasão do Capitólio em 6 de janeiro de 2021.
Os encontros acontecem uma semana após a reunião de Bolsonaro com embaixadores de diversos países em que o presidente voltou a fazer ilações sobre fraude eleitoral.
Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome
Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.
CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.
Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.
Leia também
Fachin dá cinco dias para Bolsonaro explicar ataque às urnas em evento com embaixadores
Por CartaCapital
Embaixador italiano defende ‘senso de responsabilidade’ nas eleições brasileiras
Por Agência O Globo



