Comitê Lula Livre encerra atividades após ‘extraordinária vitória da justiça’

O Comitê Nacional Lula Livre declarou o fim das suas atividades após mais de três anos.

Em carta divulgada aos seus militantes, a organização disse que “a comprovação de inocência” do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e “a garantia dos seus direitos políticos” representaram “uma extraordinária vitória da justiça, da democracia e da liberdade”.

Lula foi preso em 7 de abril de 2018 e passou 580 dias na prisão. O Comitê Lula Livre passou a coordenar, a partir do início de 2019, iniciativas de protesto contra o que chamaram de “criminosa perseguição judicial” contra o petista.

“Foram meses de incansável combate pela libertação do ex-presidente e a anulação de suas condenações”, diz a carta. “Abaixo-assinados, mutirões, manifestos, festivais, reuniões, protestos, vídeos, jornais, redes sociais: todos os meios possíveis foram empenhados para popularizar essa campanha, dentro e fora do país, buscando levar a verdade sobre o caso e conquistar o apoio da opinião pública contra a farsa movida pelo ex-juiz Sérgio Moro.”

Lula deixou a prisão em 8 de novembro de 2019. No ano passado, o Supremo Tribunal Federal referendou a decisão do ministro Edson Fachin de anular todas as condenações do petista na Lava Jato e declarar a incompetência da Justiça Federal em Curitiba. Meses depois, a Corte confirmou a suspeição de Moro no caso do triplex do Guarujá e o ministro Gilmar Mendes estendeu o entendimento a outros processos.

Assim, o Comitê diz que seus objetivos “foram alcançados, com plenitude e segurança” e que a campanha “já não é mais necessária”.

“Chegou a hora de todos nós concentrarmos energias em outras batalhas que se destinam a libertar o Brasil. Companheiros e companheiras, missão cumprida”, diz o documento.