Política

Comandantes das Forças Armadas vão a ato sobre o 8 de Janeiro ao lado de Múcio

Os oficiais tiveram uma postura discreta durante e após a cerimônia no Congresso Nacional

Comandantes militares em ato sobre o 8 de Janeiro no Congresso Nacional. Foto: Mario Agra/Câmara dos Deputados
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Os comandantes das Forças Armadas compareceram nesta segunda-feira 8 à cerimônia em alusão a um ano dos atos golpistas de 8 de Janeiro, no Congresso Nacional. Eles se sentaram ao lado do ministro da Defesa, José Múcio Monteiro, e tiveram uma postura discreta durante e após a agenda.

Seis oficiais marcaram presença no evento:

  • Comandante do Exército, general Tomás Ribeiro Paiva;
  • Comandante da Marinha, almirante de esquadra Marcos Sampaio Olsen;
  • Comandante da Aeronáutica, tenente-brigadeiro do ar Marcelo Kanitz;
  • Chefe do Estado-Maior das Forças, almirante Renato de Aguiar Freire;
  • Presidente do Superior Tribunal Militar, brigadeiro Joseli Parente Camelo; e
  • Ministro do GSI, general Marcos Antonio Amaro.

A cerimônia ocorreu em meio a dúvidas sobre o futuro de militares que facilitaram o vandalismo bolsonarista no 8 de Janeiro por ação ou omissão.

Em seu discurso no ato, o presidente Lula (PT) agradeceu aos “militares legalistas” que contribuíram com “a vitória da democracia sobre o autoritarismo”. Em 21 de janeiro de 2023 – 13 dias depois dos atos golpistas -, Lula demitiu o então comandante do Exército, Júlio César de Arruda, e nomeou Paiva.

Sem mencionar os militares, a governadora do Rio Grande do Norte, Fátima Bezerra (PT), defendeu punição aos que financiaram, organizaram e incitaram a tentativa de golpe.

“Com coragem e lucidez, é necessário afirmar: sem anistia”, afirmou, ecoando uma palavra de ordem muito utilizada desde o 8 de Janeiro. “Não se trata de sentimento de vingança, revanchismo. É, antes de tudo, um ato pedagógico”, disse a governadora. “Os que atentaram contra a democracia cometeram um crime e precisam responder pelos seus atos.”

Já o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, declarou que “absolutamente todos aqueles que pactuaram covardemente com a quebra da democracia e a tentativa de instalação de um estado de exceção, serão devidamente investigados, processados e responsabilizados na medida de suas culpabilidades”.

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