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Com as digitais de Steve Bannon

As manifestações golpistas contam com engajamento internacional, sobretudo de grupos sediados nos EUA

Alinhados. Bolsonaro e Bannon compartilham estratégias para disseminar a desinformação - Imagem: Mateus Bonomi/Agif/AFP e Alan Santos/PR
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Alexandre de Moraes não foi preso, Lula não está internado em estado terminal no Hospital Sírio Libanês e os alienígenas não atenderam ao chamado de celulares no topo da cabeça para salvar o Brasil do comunismo. Estes são apenas alguns dos delírios propagados à exaustão em grupos bolsonaristas nos aplicativos de mensagens, como WhatsApp e Telegram. A realidade sempre se impõe, mas os bolsonaristas amotinados na porta dos quartéis insistem em não aceitar o resultado das urnas, agarrando-se a qualquer teoria conspiratória que reforce suas convicções. O espetáculo circense não é financiado apenas com doações de empresários. O golpismo também se vale da máquina pública, articulada com uma rede internacional de desinformação, como mostra um relatório do Observatório das Eleições, produzido com exclusividade para CartaCapital.

Dois especialistas monitoraram, de 1º a 15 de novembro, todas as publicações no Facebook com as ­hashtags “SOSFFAA”, “BrazilianSpring” e ­“BrazilWasStolen”, e descobriram que boa parte dos “pedidos de socorro ao Brasil” veio de fora. Houve 2.997 no total, dos quais 134 eram provenientes do exterior, de 17 países. Outras 125 postagens não têm informação sobre o país de origem do administrador da página.

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