Ciro Nogueira diz que TSE não tem obrigação de aceitar sugestões dos militares sobre urnas

Ao contrário do presidente Jair Bolsonaro, ministro afirma que, caso as medidas não contribuam, devem ser descartadas

Ciro Nogueira e Jair Bolsonaro Foto: Evaristo Sa/AFP

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O ministro-chefe da Casa Civil, Ciro Nogueira (PP-PI), afirmou nesta sexta-feira 19 que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) não é obrigado a aceitar as sugestões das Forças Armadas para as eleições deste ano.

O titular da pasta participou, ao lado do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), e do ministro do Supremo Tribunal Federal Dias Toffoli, de um seminário sobre a importância da harmonia das instituições no período eleitoral.

“A discussão é se as medidas que o Exército apresenta vão contribuir ou não”, iniciou Nogueira em seu discurso de abertura. “Se [as sugestões] não contribuírem, tem que ser descartadas. Ninguém tem obrigação de aceitá-las”.

Na quinta-feira 18, o novo presidente do TSE, Alexandre de Moraes, confirmou que receberá o ministro da Defesa, Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira. Trata-se, a princípio, de uma visita de cortesia, mas o general deve insistir em pedidos já apresentados à Corte sob a presidência de Edson Fachin.

Nesta semana, o tribunal aprovou a inclusão de nove militares no grupo que inspeciona as urnas eletrônicas. Em decisão assinada por Fachin, também estendeu para esta sexta-feira 19 o prazo para acesso ao código-fonte dos equipamentos.

A análise do código-fonte pelos militares começou Nogueira de Oliveira enviar ao TSE no início de agosto um ofício “urgentíssimo”.


No evento desta sexta, Ciro Nogueira reforçou que confia nas urnas eletrônicas e no processo eleitoral brasileiro.

 

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