O pré-candidato à Presidência pelo PDT, Ciro Gomes, acusou o adversário do Podemos, Sérgio Moro, de recusar os seus convites para a realização de um debate sobre as eleições de 2022. Em publicação nas redes sociais nesta terça-feira 14, o ex-governador do Ceará chamou o ex-ministro da Justiça de “covarde, dissimulado e despreparado”.
“Por que você tem fugido aos desafios que tenho lhe feito reiteradamente? Escolha o dia, a hora, o formato e o temas que quiser. Aceitarei de pronto. Eu que sei que você não aceitará porque é covarde, dissimulado e despreparado“, escreveu Ciro Gomes no Twitter.
Ciro Gomes respondia a uma declaração de Moro que colocou em dúvida as presenças de Jair Bolsonaro (PL) e Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em um debate no ano que vem. O pedetista disse ter “certeza de que eles [Bolsonaro e Lula] não aceitarão debater com ninguém” e refez o convite a Moro.
“Você não gostaria de demonstrar sua ‘coragem’ e ‘preparo’ debatendo, agora, comigo?”, provocou Ciro Gomes.
Por que você tem fugido aos desafios que tenho lhe feito reiteradamente? Escolha o dia, a hora, o formato e o temas que quiser. Aceitarei de pronto. Eu que sei que você não aceitará porque é covarde, dissimulado e despreparado.
— Ciro Gomes (@cirogomes) December 14, 2021
A declaração de Moro ocorreu em um evento?feature=oembed" frameborder="0" allowfullscreen> virtual promovido pelo grupo Derrubando Muros, que reúne empresários, banqueiros, estudiosos e políticos, coordenado pelo sociólogo e investidor José César Martins.
Na transmissão, Moro se disse “ponderado e respeitoso” e chamou a defesa jurídica de Lula de “muito agressiva”. O agora candidato à Presidência pelo Podemos foi juiz do processo que prendeu Lula por 580 dias, de abril de 2019 a novembro de 2020.
No entanto, diálogos revelados pelo site The Intercept Brasil mostraram que Moro mantinha proximidade com os acusadores de Lula no processo – o Supremo Tribunal Federal, então, declarou Moro como suspeito e anulou as suas decisões no caso.
“Eu sempre mantive a minha postura. Agora vai ser diferente”, afirmou Moro no evento. “Primeiro, a gente tem que ver se vai ter debate entre os presidenciáveis. Eu tenho lá minhas dúvidas. Eu me disponho a ir em qualquer debate. Eu tenho dúvidas se o ex-presidente e o atual presidente vão se dispor aí nessa arena, entre aspas, do debate.”
Na sequência, Moro disse que pretende apresentar a diferença de sua candidatura “em relação aos extremos”.
“Um é o modelo que flerta com o autoritarismo, flerta com a ameaça à democracia, que nos entrega um resultado econômico muito ruim, e que por outro lado desmantelou os mecanismos de combate à corrupção por um projeto de poder pessoal e familiar”, afirmou. “Outro é o governo no qual se teve os dois maiores escândalos de corrupção da história. O mensalão, o Supremo disse: é um esquema de suborno dos parlamentares para apoio do governo federal.”
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