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CCJ do Senado adia votação de PEC que barra militares na ativa em cargos políticos

O texto, enviado pelo governo Lula (PT), é considerado uma resposta à politização das Forças Armadas durante a gestão de Jair Bolsonaro (PL)

CCJ do Senado adia votação de PEC que barra militares na ativa em cargos políticos
CCJ do Senado adia votação de PEC que barra militares na ativa em cargos políticos
Foto: Marcos Corrêa/PR/Flickr
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A CCJ do Senado interrompeu, nesta quarta-feira 22, a votação da PEC que proíbe militares da ativa de ocupar cargos políticos após um pedido de vista do senador Ciro Nogueira (PP-PI).

O texto, enviado pelo governo Lula (PT), é considerado uma resposta à politização das Forças Armadas durante a gestão de Jair Bolsonaro (PL). Inicialmente, a PEC incluía a proibição de militares assumirem cargos no primeiro escalão de governos civis. O trecho, no entanto, não chegou a ser apresentado.

A proposta prevê que, assim que um militar da ativa apresentar um registro de candidatura para eleições, ele irá para a reserva. Se o militar tiver mais de 35 anos de serviços prestados poderá ir para a reserva remunerada – ou seja, continuará recebendo seu salário durante a disputa.

Atualmente, um integrante das Forças com menos de 10 anos de serviço pode se afastar da atividade caso deseje se candidatar. Caso o tempo de contribuição seja superior, ele passará automaticamente à inatividade no ato da diplomação.

O relator da proposta na CCJ, senador Jorge Kajuru (PSB-GO), diz em seu parecer que a nova regra vai permitir a “completa confiabilidade” no juramento dos militares a pátria.

“Para manter a plenitude da segurança externa do país, é fundamental que os militares estejam plenamente focados em sua missão constitucional, sem desviarem seu foco para as atividades políticas, que devem ser deixadas a outras categorias que não tenham a nobre e relevante missão de promover a defesa nacional”, escreveu.

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