Política

Brasil está muito perto de uma ruptura democrática, diz Mandetta

Para ex-ministro, a pandemia acirra a crise política porque é ‘agravada por pontos obscuros que tencionam por uma ruptura entre os Poderes’

Apoie Siga-nos no

O ex-ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta fez no domingo 15 uma análise dura e preocupante do atual momento pelo qual passa o Brasil. Mandetta foi muito enfático ao afirmar que vê o País muito perto de uma ruptura democrática.

O ex-ministro participava no início da noite de “live” organizada pelo Parlatório, grupo que reúne formadores de opinião de todo Brasil. De acordo com ele, a pandemia, que é pano de fundo para a crise econômica em todo o mundo, acirra a crise política no Brasil porque é “agravada por pontos obscuros que tencionam por uma ruptura entre os Poderes”.

Ao se referir especificamente à pandemia, o ex-ministro criticou a postura do governo, do qual ele fez parte quando comandava a pasta da Saúde, por ter demorado muito por escolher o caminho das vacinas. Para ele, se a escolha pelo caminho da vacina tivesse sido tomada no tempo ideal, mortes ao longo do primeiro semestre teriam sido evitadas.

“A boa notícia é que a nossa rede de vacinação confirmou sua eficácia. Temos uma boa capilaridade no sistema saúde”, disse Mandetta.

De qualquer forma, segundo o ex-ministro, “devemos atravessar o segundo semestre inteiro tentando aplicar a segunda dose da vacina e lutando contra a variável delta”. Mais que isso, continuou o ministro, se aparecer uma cepa da Covid-19 resistente às vacinas, o País vai voltar à estaca zero.

No final da sua apresentação, Mandetta deixou uma palavra de alento, ao afirmar que, com a crise sanitária – que é pano de fundo para as crises econômica e política no Brasil – saindo do radar, é possível que o País volte aos níveis de boa convivência do pré-crise.

ENTENDA MAIS SOBRE: , , ,

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome

Os Brasis divididos pelo bolsonarismo vivem, pensam e se informam em universos paralelos. A vitória de Lula nos dá, finalmente, perspectivas de retomada da vida em um país minimamente normal. Essa reconstrução, porém, será difícil e demorada. E seu apoio, leitor, é ainda mais fundamental.

Portanto, se você é daqueles brasileiros que ainda valorizam e acreditam no bom jornalismo, ajude CartaCapital a seguir lutando. Contribua com o quanto puder.

Quero apoiar

Leia também

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo