Diversidade

Brasil está entre os piores em participação de mulheres no governo

Relatório da ONU aponta que apenas 39 países são piores do que o Brasil na representatividade feminina

Ministra da Mulher, Família e Direitos Humanos, Damares Alves - Foto: Wilson Dias/Agência Brasil
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Ainda que o presidente Jair Bolsonaro tenha declarado, no Dia Internacional da Mulher, que cada uma de suas duas ministras “valia por 10 homens”, o Brasil possui um dos governos com menor participação de mulheres do mundo. Segundo o Mapa Mulheres na Política 2019, relatório da ONU e da União Interparlamentar publicado nesta terça-feira 12, o Brasil ocupa a posição 149 em ranking de representatividade feminina no governo (em um total de 188 países).

São apenas 9% de representatividade com Damares Alves como ministra da Mulher, Família e Direitos Humanos, e Tereza Cristina na pasta da Agricultura. A média mundial é de 20,7% – a maior já registrada. Na Câmara e no Senado, o Brasil tem 15% de participação feminina – com 77 deputadas para o total de 513 cadeiras, e apenas 12 senadoras entre os 81 eleitos.

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Pelas redes sociais, a presidente da União Interparlamentar e deputada mexicana Gabriela Cuevas Baron declarou que o relatório aponta também que candidatas mulheres foram afetadas durante as eleições com declarações de sexismo e assédio sexual. Para reduzir esse cenário, aponta que o apoio de líderes políticos homens aos direitos das mulheres e a denúncia desses casos à mídia são fundamentais para mudar, positivamente, os números divulgados.

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Baron declarou também que a responsabilidade de alavancar a igualdade de gênero deve ser de responsabilidade compartilhada entre homens e mulheres no poder, com a importância de identificar as principais barreiras que estão impedindo que posições de poder sejam ocupadas por elas nos governos.

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O relatório foi divulgado na 63ª Conferência sobre o Status da Mulher, que acontece em Nova York até o dia 22 de março. Participando das reuniões, a ministra Damares declarou nas redes sociais que iria mostrar ao mundo que o governo Bolsonaro vai transformar o país no “o melhor para criar meninas”.

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