Política

Bolsonaro vai ao Congresso Nacional e Pacheco promulga a PEC Eleitoral

A PEC cria benesses temporárias e serve como uma tentativa de dar sobrevida à campanha do ex-capitão à reeleição

Foto: Reprodução/TV Senado
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O presidente Jair Bolsonaro (PL) foi ao Congresso Nacional na noite desta quinta-feira 14 para participar do ato de promulgação da PEC Eleitoral, comandado pelo presidente do Legislativo, Rodrigo Pacheco (PSD-MG). O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), também esteve presente.

Assim, a proposta entra imediatamente em vigor e o governo pode começar a pagar os benefícios. Isso deve acontecer a partir de 9 de agosto, segundo o ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira.

A proposta foi aprovada pela Câmara em segundo turno na quarta-feira 13. Em junho, já havia passado pelo Senado. A PEC cria benesses temporárias e serve como uma tentativa de dar sobrevida à campanha do ex-capitão à reeleição.

O texto estabelece um estado de emergência e libera do teto de gastos 41,25 bilhões de reais até o fim deste ano para a expansão do Auxílio Brasil e do vale-gás, a criação de auxílios a caminhoneiros e taxistas, o financiamento da gratuidade de transporte coletivo para idosos, a compensação a estados que concederem créditos tributários para o etanol e o reforço do programa Alimenta Brasil.

Na Câmara, deputados da oposição denunciaram em plenário o caráter eleitoreiro da proposta, mas anunciaram voto a favor do texto. No segundo turno, o placar foi de 469 votos pela aprovação e apenas 17 pela rejeição da PEC.

No PT, dono da maior bancada entre os partidos de oposição a Bolsonaro, só Frei Anastácio, da Paraíba, votou por rejeitar a PEC. Na quarta 13, o deputado afirmou a CartaCapital que a proposta é “eleitoreira” e classificou o texto como “uma vergonha que a gente não pode aceitar”.

Uma pesquisa Datafolha publicada no fim de junho aponta que 47% dos brasileiros consideram o governo Bolsonaro ruim ou péssimo – em março, eram 48%. Já os que veem a gestão como boa ou ótima são 26% (eram 25%).

Na corrida à Presidência da República, o instituto indica a liderança de Lula (PT), com 47%, 19 pontos percentuais à frente de Bolsonaro no primeiro turno. Na projeção de segundo turno, o petista levaria a melhor sobre o ex-capitão por 23 pontos: 57% a 34%.

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