Política

Bolsonaro desafia o STF, convida empresários golpistas para o 7 de Setembro e ataca as urnas

O presidente voltou a acusar os ministros da Corte de agirem em favor de Lula na eleição deste ano

Foto: Reprodução
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O presidente Jair Bolsonaro (PL) voltou a atacar, nesta terça-feira 6, ministros do Supremo Tribunal Federal e a jogar dúvidas sobre o sistema eleitoral brasileiro. Na véspera do 7 de setembro, data que terá manifestações bolsonaristas pelo País, o ex-capitão ainda desafiou os magistrados ao confirmar que convidou empresários investigados pela Corte para os atos.

“Eu convidei os oito empresários para estarem comigo amanhã, aqui no 7 de Setembro”, afirmou o presidente em entrevista à rádio Jovem Pan. “Se não for possível, que vão no Rio de Janeiro. Convidei. São pessoas honradas. Duas têm contato comigo”.

Os apoiadores de Bolsonaro foram alvos da Polícia Federal por defenderam um golpe em caso de vitória do ex-presidente Lula (PT). São eles: Luciano Hang, da Havan, Afrânio Barreira, do restaurante Coco Bambu, José Isaac Peres, dono da rede de shopping Multiplan, Ivan Wrobel, da Construtora W3, José Koury, dono do Barra World Shopping, André Tissot, empresário do Grupo Sierra, Meyer Nirgri, da Tecnisa, e Marco Aurélio Raimundo, da Mormaii.

Na entrevista, o presidente acusou o STF de agir em favor de Lula na eleição deste ano. Bolsonaro citou nominalmente Alexandre de Moraes, Edson Fachin e Luís Roberto Barroso para dizer que a esquerda “pega pesado” no tribunal.

“Fachin ajudou a ser elegível um bandido”, declarou o ex-capitão. “Não tenho apoio de alguns ministros do STF, pelo contrário, agem de forma ativa para dar mais moral para os criminosos”.

Ainda na conversa, Bolsonaro se voltou à desconfiança que alimenta das urnas eletrônicas para reforçar os ataques aos magistrados.

“Esse clima de animosidade poderia ter sido resolvido a muito tempo, se o ministro Barroso não fosse para dentro da Câmara dos Deputados interferir diretamente em uma Proposta de Emenda à Constituição que estava sendo votada e falava do voto impresso”, afirmou o ex-capitão. “Eleições limpas, transparentes não tem que ser questionadas em lugar nenhum. Quanto confio de zero a 10? Confio nas eleições 10 no Paraguai, na Colômbia, no Chile, na França. Que é o voto no papel. No resto, tem que ficar preocupado”.

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