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Bolsonaro critica passaporte sanitário no dia que a medida foi adotada pelo governo
‘Imagine se tivesse o Haddad no meu lugar como é que estaria o Brasil… passaporte sanitário, lockdown’, disse a apoiadores
O presidente Jair Bolsonaro (PL) voltou a criticar a adoção de um passaporte vacinal no Brasil nesta quinta-feira 9, ao alegar que a medida restringe a liberdade e seria adotada por um governo petista se estivesse no poder.
A declaração dada a apoiadores no cercadinho do Alvorada, no entanto, contraria a portaria do seu próprio governo, que horas antes adotou o passaporte de vacina como medida para conter a entrada da nova variante Ômicron no Brasil, conforme publicado em Diário Oficial da União.
“Imagine se tivesse o Haddad no meu lugar como é que estaria o Brasil…passaporte sanitário, lockdown”, destacou Bolsonaro a uma apoiadora.
Antes, já havia concordado com um apoiador que afirmou que era preciso barrar a adoção do passaporte por uma ‘questão de liberdade’.
Na portaria publicada pelo governo federal, além do passaporte vacinal, estão previstas outras duas medidas para viajantes entrarem no Brasil a partir deste sábado 11. São elas: apresentação de um teste negativo de Covid-19 e quarentena de cinco dias para não vacinados.
Na terça-feira 7, o presidente vociferou contra a adoção da política de prevenção, recomendada pela Anvisa. Um dia depois, o ministro da Saúde concordou com as declarações do presidente e afirmou que não adotaria o passaporte, pois a ‘liberdade seria mais importante que a vida’. No texto publicado nesta quinta, porém, as recomendações da agência de vigilância foram seguidas pelo governo federal sem muito alarde.
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