Política
Bolsonaro afirma que ‘não tem nada acertado sobre o 5G’ com a China
Questão é apontada como crucial para bom relacionamento com a China, incluindo na liberação dos insumos para a Fiocruz
O presidente Jair Bolsonaro afirmou, em uma das entrevistas que concedeu neste sábado 30, que não há acordos fechados com a China sobre a participação da Huawei no leilão do 5G no Brasil – uma das condições vistas por especialistas como de maior perigo envolvendo a crise dos insumos das vacinas.
Na fala, Bolsonaro alegou que havia interesses chineses em questão, mas não foi enfático ao negar a participação da empresa como havia considerado no passado e afirmou que o “relacionamento com a China e com a Índia vão muito bem”.
Ele também ressaltou o apoio ao ministro Ernesto Araújo, das Relações Exteriores, que já protagonizou diversos ataques à China.
“O Brasil mudou, né, mudamos esse relacionamento, essa política externa, mudamos bastante, e estamos fazendo a coisa certa, em especial tendo o Ernesto Araújo à frente”, disse. “Eu decido em cima do que o Ernesto me diz.”
Apesar do alegado bom clima, ainda não há data de liberação para os insumos da vacina Covishield, elaborada pela Universidade de Oxford e AstraZeneca, com braço de pesquisa da Fiocruz no Brasil.
O presidente também comentou sobre a situação da vacinação no Brasil e disse ter “um cheque de R$ 20 bilhões assinado para comprar os imunizantes” que fossem aprovados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Entre as vacinas que ele compraria, afirmou, está a russa Sputnik V.
Apesar disso, voltou a criticar medidas de isolamento e fechamento de comércios, assim como o tempo de eficácia das vacinas emergenciais. “Sabe quanto tempo dura a vacina? Já me falaram que é algo em torno de seis meses. Vamos ter que conviver com isso. Eu já disse, temos que cuidar dos idosos e das pessoas com comorbidades e resto dos brasileiros precisa trabalhar.”
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