Política

Bolsonarista detido por convocar atiradores para a posse diz que ‘não tinha intenção de ameaçar’ Lula

O empresário Milton Baldin foi detido em ato golpista por determinação do ministro Alexandre de Moraes

Foto: Reprodução
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O empresário bolsonarista Milton Baldin, preso na noite de terça-feira 6 pela Polícia Federal após convocar atiradores para participar de ato golpista contra o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT), disse em depoimento prestado à PF nesta quarta-feira 7 que “não tinha intenção” de ameaçar o petista nem de incitar que ele fosse impedido de tomar posse.

No vídeo que gerou a ordem de prisão expedida pelo ministro Alexandre de Moraes, Baldin pede que “CACs, que têm armas legais…hoje nós somos, inclusive eu, 900 mil atiradores… venham aqui mostrar presença”. 

Questionado a respeito, ele argumentou que convocou para a manifestação dos atiradores com registro de Colecionador, Atirador Desportivo e Caçador (CAC) para que protestassem contra o anúncio do futuro governo de que precisariam devolver as armas, segundo a política de desarmamento. Baldin possui registro de CAC e tem duas armas.

“Não tinha intenção de ameaçar qualquer pessoa, em especial o candidato eleito. Que também não objetivava, de qualquer forma, impedir a posse ou diplomação do candidato eleito”, afirmou. 

Outra suspeita é que o empresário mato-grossense tivesse financiado atos golpistas. Ele ficou hospedado no acampamento no Quartel-General do Exército em Brasília. A respeito disso, ele alega não saber quem bancou o ônibus que viajou e nem quem está pagando a estrutura para os manifestantes.

O advogado do empresário, Levi de Andrade, afirmou que a defesa pretende mostrar que houve um “mal-entendido”

“É uma pessoa simples com pouco estudo, e, ao convidar os CACs para o protesto, gerou uma interpretação dúbia, como se ele estivesse incentivando um ato ilícito. Ficou bem esclarecido no depoimento dele e a defesa funciona no sentido de demonstrar que apenas foi um mal-entendido de alguém que não tinha noção da interpretação que poderia gerar”, afirmou.

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