Justiça

Associação cobra ‘rigorosa apuração’ sobre monitoramento de promotora do caso Marielle

Os alertas foram enviados pela Polícia Federal ao Supremo Tribunal Federal

Vereadora Marielle Franco, assassinada em março de 2018. Foto: Renan Olaz/CMRJ Marielle Franco (Foto Renan Olaz/ CMRJ)
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A suspeita de que integrantes da Agência Brasileira de Inteligência, a Abin, teriam monitorado a promotora Simone Sibílio, responsável por investigações sobre o assassinato da vereadora Marielle Franco (PSOL), gera “preocupação” e merece ser “apurada com rigor”.

Essa é a avaliação da Associação do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro, em comunicado divulgado nesta sexta-feira 26. No documento, a entidade reiterou seu “incondicional apoio” à promotora.

“O fato exige rigorosa apuração, a fim de se afastarem suspeitas ou, caso confirmadas, sejam aplicadas as sanções cabíveis mediante o devido processo legal”, destacou a Associação.

Os alertas sobre o possível monitoramento foram enviados pela Polícia Federal ao Supremo Tribunal Federal no âmbito da investigação sobre o uso da Abin para espionar desafetos do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

A suspeita está registrada na decisão do ministro Alexandre de Moraes que autorizou diligências em endereços ligados a servidores e ex-integrantes da Abin. Um dos alvos foi o deputado federal Alexandre Ramagem (PL), que chefiou a agência entre 2019 e 2022.

Ficou patente a instrumentalização da Abin, para monitoramento da Promotora de Justiça do Rio de Janeiro e coordenadora da força-tarefa sobre os homicídios qualificados perpetrados em desfavor da vereadora Marielle Franco e o motorista que lhe acompanhava, Anderson Gomes”, escreveu o magistrado.

De acordo com o documento, a Controladoria-Geral da União identificou um resumo do currículo da promotora, um documento que “tem a mesma ausência de identidade visual nos moldes dos relatórios apócrifos da estrutura paralela”.

Simone Sibílio esteve à frente das investigações sobre o assassinato de Marielle entre 2018 e 2021, ao lado da promotora Letícia Emile Alqueres Petriz. A dupla deixou o caso em meio a uma reestruturação no Gaeco.

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