Política

Após Lula reativar o Fundo Amazônia, Noruega anuncia que R$ 3 bilhões já podem ser investidos

A negociação envolveu a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, após decreto de Lula retomar as políticas de preservação

Foto: Evaristo Sá/AFP
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A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, se reuniu nesta terça-feira 3 com representantes dos governos norueguês e alemão para retomar o financiamento do Fundo Amazônia, suspenso em 2019 a partir da exclusão de comitês pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). 

Conforme noticiado por CartaCapital, sob a batuta do então ministro Ricardo Salles o MMA deixou de investir 3,3 bilhões de reais no combate ao desmatamento na Amazônia.

No último domingo 1º, em uma de suas primeiras medidas, o presidente Lula (PT) assinou o decreto que determina a retomada do Fundo.

“O novo presidente do Brasil sinalizou uma clara ambição de parar o desmatamento até 2030. Ele restabeleceu estratégias para que isso aconteça e nomeou ministros com conhecimento e experiência substanciais na área. Isso é globalmente significativo, e o Fundo Amazônia dá à comunidade internacional uma grande oportunidade de contribuir”, afirmou o ministro norueguês do Clima e do Meio Ambiente, Espen Barth Eide.

Eide justifica a retomada a partir da apresentação de um “plano ambicioso” para reduzir o desmatamento na Amazônia e o comprometimento da nova equipe do Meio Ambiente. Ele e Marina concluíram a reativação do financiamento do fundo, calculado em cerca de 3 bilhões de reais. 

Nesta terça-feira, Marina também confirmou a retomada das doações feitas pela Alemanha, após reunião com a ministra do Meio Ambiente do país, Steffi Lemke. O apoio inclui, além de ajuda financeira, “a cooperação tecnológica, técnico-científica e ainda a mobilização de outros doadores”, segundo a ministra brasileira.

O presidente da Alemanha, Frank-Walter Steinmeier, visitou o Amazonas na última segunda-feira 2, após comparecer à posse de Lula, e confirmou ao governador Wilson Lima a retomada dos investimentos no Fundo Amazônia. O aporte pode chegar a 35 milhões de euros, cerca de 192 bilhões de reais.

Com a movimentação de Noruega e Alemanha, a ministra do Meio Ambiente na Grã-Bretanha, Therese Coffey, também considera a possibilidade de financiar a preservação ambiental da floresta. 

Ela se reuniu com Marina Silva, com o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, e com a ministra dos Povos Indígenas, Sonia Guajajara. À agência Reuters, Coffey confirmou a previsão de ingresso no fundo e afirmou que o Reino Unido já é o terceiro maior colaborador do Brasil no meio ambiente, com suporte de 250 milhões de libras para ações na área.

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