Política

Registro Espúrio: Ministro do trabalho é afastado pelo STF

Helton Yomura tomou posse em abril após a Justiça impedir a nomeação de Cristiane Brasil, que também é investigada pela PF

Ministro é investigado por esquema de propinas em registros sindicais
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A Polícia Federal deflagrou na manhã desta quinta-feira a terceira fase da operação Registro Espúrio, que investiga um esquema de cobrança de propinas para a concessão de registros sindicais no Ministério do Trabalho, comandado pelo PTB.

Por decisão de Edson Fachin, o ministro da pasta, Helton Yomura, foi afastado. Os policiais também cumprem mandado de busca e apreensão no gabinete do deputado federal petebista Nelson Marquezelli.

Ao todo, foram expedidos pelo Supremo 10 mandados de busca e apreensão e 3 mandados de prisão temporária, em Brasília e Rio de Janeiro. Além do PTB, o Solidariedade, que também possui influência no ministério, além de centrais sindicais, estão no centro das apurações.

O Ministério do Trabalho tem sido alvo do STF desde o início do ano. Indicada ao cargo por seu pai Roberto Jefferson, presidente nacional do PTB, a deputada Cristiane Brasil foi impedida de assumir a pasta por ter sido condenada em ações trabalhistas.

Cristiane Brasil foi alvo da segunda fase da operação da PF, realizada em maio. A deputada foi alvo de busca e apreensão em seus endereços. Outros petebistas atingidos pelas investigações da PF são o próprio Jefferson e o deputado Jovair Arantes (GO). O deputado Paulinho da Força (SD-SP), líder da Força Sindical, também é investigado.  

Após assumir o cargo, Yomura atacou a Organização Internacional do Trabalho (OIT), referência na área, por incluir o Brasil em uma lista suja de países com graves violações trabalhistas. Em genebra, o então ministro afirmou que a OIT tinha motivações “político-ideológicas”.

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