Política

Após a derrota nas urnas, Bolsonaro e Mourão ‘fogem’ do encontro com a cúpula do G20

A ausência do chefe do Executivo é inédita. Desde 2019, quando assumiu o mandato, Bolsonaro participou de todos os encontros do G20

Foto: Marcos Corrêa/PR
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O presidente Jair Bolsonaro (PL) e o vice-presidente Hamilton Mourão (Republicanos) decidiram não ir ao encontro da cúpula do G20, o grupo é formado pelos 19 países mais ricos do mundo e pela União Europeia.

A reunião de cúpula do G20 acontecerá nesta semana em Báli, na Indonésia, entre os dias 15 e 16 de novembro.

Segundo a lista divulgada pelo Palácio do Itamaraty, neste domingo 13, a comitiva brasileira vai ser chefiada pelo ministro das Relações Exteriores, Carlos França. Além dele, estarão presentes o secretário de Comércio Exterior e Assuntos Econômicos e dois servidores da Coordenação-Geral do G20.

Desde a derrota nas urnas para o presidente eleito, Lula (PT), Bolsonaro somou 3h30 de trabalho nas últimas duas semanas e passa maior parte do tempo na residência oficial do Palácio da Alvorada. 

Além da ausência no G20, Bolsonaro ainda não confirmou presença na Conferência do Clima da ONU, que acontece no Egito. 

Em contrapartida, Lula, convidado pela organização da COP-27, desembarca no Egito nesta segunda-feira 14.

Gestão Bolsonaro no G20 

É a primeira vez que Bolsonaro não participa dos encontros da cúpula. No entanto, o histórico da interação do chefe do Executivo brasileiro com os líderes do G20 não é dos melhores. 

Em 2019, no seu primeiro ano de governo, o encontro aconteceu no Japão. Antes mesmo do início do evento, Bolsonaro recebeu advertências públicas de Angela Merkel e Emmanuel Macron. Na época, Bolsonaro ameaçava sair do acordo climático de Paris.

Em 2020, a reunião aconteceu por videoconferência por conta da pandemia de Covid-19. O evento ocorria durante as manifestações em revolta ao assassinato de João Alberto Silveira no mercado Carrefour. 

No início da sua fala, Bolsonaro disse que “há tentativas de importar” para o Brasil “tensões” raciais que são “alheias à nossa história.” E deixou o evento mais cedo que o esperado nos dois dias programados.

Já em 2021, em Roma, na Itália, o presidente brasileiro, foi um dos únicos líderes que não teve reuniões marcadas com outros mandatários, exceto do presidente italiano Sergio Mattarella, que, pelo protocolo de anfitrião do evento, se encontrou com todos os líderes do G20. 

Este ano, também isolado, o líder russo Vladimir Putin não irá à reunião do grupo. Um dos encontros bilaterais mais esperados é o do presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, com o presidente da China, Xi Jinping.

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