Política

‘Abin paralela’ teria espionado ministros do STF e Rodrigo Maia

O ex-diretor da Abin, Alexandre Ramagem foi alvo de uma operação da Polícia Federal nesta quinta-feira

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A Polícia Federal investiga se a Agência Brasileira de Inteligência (Abin) foi utilizada pelo governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) para monitorar ilegalmente ministro do Supremo Tribunal Federal, governadores, senadores e outros aliados do presidente Lula (PT). 

Nesta quinta-feira 25, a Polícia Federal cumpriu mandados de busca e apreensão em endereços ligados a suspeitos de participar de um esquema ilegal de espionagem, que monitorava cidadãos comuns e autoridades.

Um dos alvos da operação seria o ex-diretor da Abin e atual deputado federal, Alexandre Ramagem (PL), que comandou a agência de inteligência durante o governo do ex-presidente.

Segundo os investigadores, o grupo que atuava dentro da agência de inteligência utilizava de ferramentas de geolocalização de dispositivos móveis sem a devida autorização judicial.

Entre os políticos que teriam sido monitorados pelo grupo estariam os ministros do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes e Gilmar Mendes, o ex-presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (União Brasil) e o atual ministro da Educação, à época governador do Ceará, Camilo Santana (PT). 

Os ministros do STF teriam sido inspecionados partindo de uma suspeita do governo Bolsonaro de que eles estariam atuando em conjunto com integrantes do PT. 

Segundo informações da PF, a Abin chegou a realizar um sobrevoo utilizando um drone na residência de Camilo Santana, em 2021. 

A operação deflagrada nesta quinta-feira, chamada de “Vigilância Aproximada”, é um desdobramento da operação “Primeira Milha”, iniciada em outubro de 2023 para investigar o suposto uso criminoso da ferramenta “FirstMile”.

Os envolvidos no suposto esquema de espionagem podem responder pelos crimes de invasão de dispositivo informático alheio, organização criminosa e interceptação de comunicações telefônicas. As penas dos crimes somadas pode chegar a 13 anos de prisão.

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