Política

À PF, ex-assessor admite que pagou ‘excesso de bagagem’ para trazer joias sauditas ao Brasil

Em depoimento, Marcos André dos Santos Soeiro afirmou que, além das joias, havia outros presentes na bagagem

As joias que o clã Bolsonaro recebeu do regime saudita. Foto: Reprodução/Redes Sociais
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Um ex-assessor do ex-ministro de Minas e Energia Bento Albuquerque admitiu, em depoimento à Polícia Federal, que precisou pagar por excesso de bagagem para trazer ao Brasil os “presentes” dados pelo governo da Arábia Saudita ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). A informação é do jornal O Globo.

Marcos André dos Santos Soeiro, militar da Marinha, foi flagrado no aeroporto internacional de Guarulhos, em São Paulo, com um estojo de joias avaliadas em cerca de 16,5 milhões de reais.

De acordo com a publicação, Soeiro disse à PF que o carrinho com suas bagagens tinha “tantas malas e caixas que ficava acima da sua cabeça, o que nunca tinha acontecido”.

Segundo o militar, além das joias, havia outras coisas para trazer, como “caixas grandes com muitas frutas, cafés e óleos”.

A PF intimou Bolsonaro e seu ajudante de ordens, o tenente-coronel Mauro Cid, a prestarem depoimento no âmbito da investigação. As oitivas ocorrerão na próxima quarta-feira 5, em Brasília.

Até o momento, dos três kits de joias descobertos, o ex-presidente devolveu dois. O Tribunal de Contas da União estabeleceu um prazo para a defesa de Bolsonaro entregar um terceiro lote.

O ex-capitão, que ficou nos Estados Unidos por quase três meses, voltou ao Brasil na última quinta-feira 30. No embarque para Brasília, Bolsonaro minimizou o caso.

“Eu não sei porque esse escândalo todo”, disse. “Nada foi extraviado, nada sumiu. Nada foi escondido. Ninguém vendeu nada. Acho que a questão desses três pacotes [de joias] está resolvida. Se eu tivesse pegado escondido, ninguém teria conhecimento”.

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