Política

88% dos manifestantes na Paulista creem na falsa teoria de que Bolsonaro venceu em 2022

Alegação não condiz com a realidade: o TSE contabilizou 50,9% para Lula e 49,1% para Bolsonaro

O ex-presidente Jair Bolsonaro e o governador de Goiás, Ronaldo Caiado, em manifestação em São Paulo, em 25 de fevereiro de 2024. Foto: Nelson Almeida/AFP
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Um estudo de pesquisadores da Universidade de São Paulo indicou que 88% dos manifestantes presentes na Avenida Paulista no domingo 25 acreditam na falsa teoria de que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) venceu a eleição de 2022, em vez do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

A crença não condiz com a realidade: o Tribunal Superior Eleitoral contabilizou 50,9% a favor de Lula e 49,1% a favor de Bolsonaro no segundo turno da disputa, em 30 de outubro do ano passado. Segundo o relatório, apenas 8% disseram não crer na vitória de Bolsonaro naquela ocasião e 4% afirmaram não saber.

O levantamento também mostrou que 94% acreditam que “os excessos e perseguições da Justiça caracterizam a situação atual como uma ditadura”, enquanto 4% disseram que não e 2% afirmaram não saber.

Além disso, 49% avaliam que Bolsonaro deveria ter decretado uma operação de Garantia da Lei e da Ordem no fim de 2022, frente a 39% que afirmaram o contrário; 42% defendem que Bolsonaro deveria ter invocado o Artigo 142 para solicitar a arbitragem das Forças Armadas, frente a 45%; e 23% disseram que Bolsonaro deveria ter decretado estado de sítio em 2022, ante 61%.

Os pesquisadores entrevistaram 575 pessoas entre as 13h30 e as 17h de domingo em toda a extensão da manifestação na Avenida Paulista. A margem de erro é de 4% para mais ou para menos, com grau de confiança de 95%. Segundo o grupo de estudos, 185 mil pessoas estiveram no protesto.


O advogado e professor de Direito Constitucional Pedro Serrano comenta as possíveis consequências do discurso realizado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro a seus apoiadores. Confira a análise no canal de CartaCapital no YouTube.

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