Servidão voluntária

São inegáveis as similitudes entre a política afetiva do fascismo e do bolsonarismo

Presidente do Sindicato Rural de Rio Verde, Luciano Jayme Guimarães Foto: Reportagem Agência Pública

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Recentemente, nos deparamos com episódios de violência perpetrados por adeptos de Bolsonaro contra simpatizantes de Lula, como o caso de um assassinato a facadas em uma chácara no município de Confresa, em Mato Grosso. Tais ocorrências suscitam argumentações que aproximam o bolsonarismo da ideologia fascista.

No sentido estrito da expressão, essa caracterização é questionável. Torna-se, porém, absolutamente pertinente para quem acredita, como Umberto Eco e Theodor Adorno, que o fascismo, como conceito amplo e não localizado historicamente, é uma ameaça inerente à vida democrática e que pode emergir de várias formas. De qualquer maneira, são inegáveis as similitudes entre a política afetiva do fascismo e do bolsonarismo.

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1 comentário

PAULO SERGIO CORDEIRO SANTOS 19 de setembro de 2022 11h29
Segundo Umberto Eco a intolerância selvagem deve ser combatida em suas raízes, através de uma educação constante que tenha início na mais tenra idade, antes que possa ser escrita em um livro, e antes que se torne uma casca comportamental espessa e dura demais. Os atos de violência dos bolsonaristas estão em consonância com os ataques violentos de Bolsonaro e de seus colaboradores políticos contra as minorias como gays, negros, mulheres, índios, esquerdistas, pessoas pobres, enfim, toda as pessoas que estão em desvantagem em relação aos opressores e donos dos meios de produção precisamente os que detém o poder econômico e o poder sobre o outro. Nada diferente dos fascistas e nazistas de outrora mas que se perpetuam ao longo da história através das suas facetas nefastas social conservadora que disfarça sob as máscaras do moderno guiada pela ideologia de um pragmatismo radical, servindo-se de mitos irracionais e conciliando-se com procedimentos racionalista manipulador chamado fascismo.

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