Aldo Fornazieri

Doutor em Ciência Política pela USP. Foi Diretor Acadêmico da Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo (FESPSP), onde é professor. Autor de 'Liderança e Poder'

Opinião

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O retrocesso de Tarcísio

São Paulo não pode permitir que o governador importe os métodos de ação da polícia fluminense

O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas. Foto: Divulgação/Governo de São Paulo
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O assassinato do soldado Patrick Bastos Reis no Guarujá levou o comando da Segurança Pública de São Paulo a desencadear uma violenta operação policial que resultou em 16 mortes. A operação teve o respaldo do governador Tarcísio de Freitas.

Uma resposta ao assassinato se fazia necessária. Uma resposta eficiente e dentro da lei. Surgiram, contudo, denúncias de execuções e torturas. A maior parte dos especialistas em segurança pública criticou a operação. A imputação de ineficiência foi generalizada, seja pelo elevado número de mortos e pelo simples fato de o autor dos disparos contra o policial ter se entregado, seja pelo alto contingente de policiais envolvidos. A operação no Guarujá lembrou muito o que acontece no Rio de Janeiro: recorrentes ações policiais em favelas e morros com elevado número de mortos. No Rio, as denúncias de chacinas, de execuções cometidas pelas polícias, inclusive de inocentes, são corriqueiras.

Este texto não representa, necessariamente, a opinião de CartaCapital.

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