Jaques Wagner
[email protected]Senador (PT-BA). Foi governador da Bahia (2007-2015) e ministro do Trabalho (2003-2004), Defesa (2015) e Casa Civil (2015-2016).
O desastre causado pelas chuvas no Rio Grande do Sul é mais um sinal de alerta: precisamos priorizar o combate às mudanças climáticas
A tragédia provocada pelas enchentes no Rio Grande do Sul precisa ser interpretada por todos nós como um novo e urgente grito de socorro do planeta diante do agravamento da crise climática. Fica evidente, a cada episódio, que a janela de ação para enfrentarmos este cenário está se fechando em velocidade cada vez maior. Se não agirmos rapidamente, a tendência é de que o mundo testemunhe, em proporções cada vez mais graves, o que estamos acompanhando no Sul do nosso país.
Vale lembrar que, há apenas oito meses, o povo gaúcho já havia sofrido com a chegada de um ciclone extratropical que provocou mortes e deixou mais de 150 mil desabrigados. Não são fatos isolados, muito pelo contrário. Em anos recentes, episódios semelhantes acontecerem na Bahia, em Minas Gerais e na região serrana do Rio de Janeiro, intercalados com a ocorrência inversa, ou seja, de seca em intensidade inédita em áreas historicamente úmidas, como a Amazônia. Essas catástrofes climáticas acendem o alerta: a humanidade encontra-se numa encruzilhada.
Este texto não representa, necessariamente, a opinião de CartaCapital.
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