A medicina pouco tinha a oferecer às pessoas que precisavam perder peso. A orientação que dávamos a elas ficava restrita ao óbvio: aumente a atividade física e reduza o número de calorias ingeridas. Para receber um conselho desses, valia a pena ir ao médico? Não seria o mesmo que dizer “beba moderadamente” para um paciente com alcoolismo?
Para enfrentar a epidemia de obesidade que se disseminou por diversos países a partir dos anos 1990, os recursos medicamentosos foram pífios, até surgirem os chamados análogos do receptor GLP-1, dos quais a semaglutida (conhecida como Ozempic) é um exemplo. Em ensaios clínicos, essa classe demonstrou ser capaz de induzir perdas de 15% a 20% do peso corpóreo num número significativo de pessoas.
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