Com a realização do I Encontro de Mulheres Afro-Latino-Americanas e Afro-Caribenhas e a criação da Rede de Mulheres Afro-Latino-Americanas e Afro-Caribenhas, em Santo Domingo, na República Dominicana, foi definido o 25 de julho como o Dia da Mulher Afro-Latino-Americana e Caribenha. É também o Dia Nacional de Tereza de Benguela, líder quilombola que viveu no atual estado de Mato Grosso durante o século XVIII.
É muito importante destacar, porém, que a primeira grande luta das mulheres negras é a luta cotidiana pela vida. Lutamos para sobreviver, pois em todos os aspectos que se queira avaliar, nós, mulheres negras, que representamos quase 28% da população brasileira, país de maioria negra, lideramos os piores índices socioeconômicos. Lideramos também as trágicas estatísticas da violência, sejam assassinatos, feminicídio, violência doméstica, violência psicológica e a violência da insegurança alimentar e da fome, que atinge 33 milhões de brasileiros.
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