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‘Vacina é insuficiente contra Ômicron’, diz agência europeia

Não há tempo para cobrir os déficits de vacinação existentes, segundo especialistas

Profissional de saúde manuseia vacina da Pfizer. Foto: Thomas Lohnes/AFP
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Uma “ação forte” é “urgente” diante do rápido avanço da variante Ômicron, e “a vacinação sozinha não será suficiente” – alertou o Centro Europeu para Prevenção e Controle de Doenças (ECDC, na sigla em inglês), nesta quarta-feira 15.

“Na atual situação, a vacinação sozinha não permitirá impedir o impacto da variante Ômicron, porque não há tempo para cobrir os déficits de vacinação existentes”, declarou a diretora do (ECDC), Andrea Ammon, em um comunicado.

 

A agência europeia também elevou em um grau sua avaliação de risco dessa variante, para um nível “muito alto”, e recomendou uma série de medidas. Entre elas, estão o retorno ao trabalho remoto e uma maior cautela nas comemorações e viagens de fim de ano.

Segundo o ECDC, é “muito provável” que a nova variante cause internações e mortes, para além das já previstas nas projeções anteriores concentradas na delta, até então dominante.

Para que a carga sobre o sistema de saúde continue sendo “administrável”, o ECDC reiterou seu apelo à “reintrodução rápida e do fortalecimento” das chamadas medidas “não farmacêuticas” contra a covid-19, um termo que engloba restrições em geral.

“É urgente que se adotem medidas enérgicas para reduzir a transmissão, reduzir a pesada carga sobre os sistemas de saúde e proteger os mais vulneráveis nos próximos meses”, acrescentou o ECDC, que abrange todos os 27 países da UE, Noruega e Islândia.

A variante ômicron se propaga “a uma taxa mais vista com qualquer outra variante”, advertiu ontem a Organização Mundial da Saúde.

Diante desse quadro, a agência pediu que se usem todas as ferramentas anticovid disponíveis para evitar que os sistemas de saúde entrem em colapso.

Para o ECDC, usar máscaras, teletrabalho, evitar locais lotados e transporte público, ficar em casa quando doente, manter espaços arejados e um alto nível de higiene “continuam sendo uma prioridade”.

Para os casos prováveis, ou confirmados, de Ômicron, o rastreamento dos contatos também deve ser uma prioridade. Do mesmo modo, os testes também permanecem como “uma ferramenta importante”, mesmo quando as pessoas estão vacinadas, assim como o isolamento de todos os casos positivos para Covid-19.

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