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Trump e Bolsonaro são ‘insurgência contra a besteira’, diz Ernesto Araújo

O ministro voltou a atacar o ‘globalismo’ e disse que questões climáticas e a justiça social são ‘pretextos para ditadura’

O chanceler do governo Bolsonaro, Ernesto Araújo (Foto: Divulgação) O chanceler do governo Bolsonaro, Ernesto Araújo (Foto: Divulgação)
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O ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, fez críticas ao que chamou de ‘climatismo’, colocou em dúvida a  veracidade do aquecimento global e disse que o Jair Bolsonaro e Donald Trump estão ‘combatendo o sistema’ do que chamou de ‘globalismo’ no mundo. As declarações foram feitas em um evento de plateia conservadora na Heritage Foundation, nos Estados Unidos, nesta quarta-feira 11.

Araújo não dedicou a maior parte de seu tempo para falar das políticas internacionais do Brasil, mas focou em citar diversos filósofos e nomes de pensadores ligados à esquerda para reiterar e criticar seus pontos e exaltar as bases do governo federal brasileiro. Nas redes sociais, o ministro destacou sua atuação na instituição conservadora e afirmou que discursou sobre a ‘perda da dimensão simbólica do ser humano’, que ‘deturpa o debate ambiental’.

“Bolsonaro está criando um amálgama liberal-conservador baseado na nação, família e nos vínculos tradicionais”, disse. Ainda justificou que, nas eleições, Bolsonaro era o único que traria o povo ao poder e que acreditava na ‘liberdade, na nação e em Deus’.

Para o ministro, o clima e a justiça social são pretextos para ditadura, e o ‘globalismo’ seria uma maneira do marxismo cultural se infiltrar nas instituições. Um colunista do jornal norte-americano The Washington Post  que acompanhava o evento destacou que é “incerto se ele [Araújo] já leu alguma teoria crítica/neo-Marxista além das introduções da Wikipédia”.

“Além de se irritar com os esquerdistas universitários, a direita americana jamais se importaria com essas pessoas ou envolveria suas ideias (ainda que absurdas) em um discurso de política externa. Araújo mostrou uma distinção entre o leninismo e o stalinismo, como se alguém na Heritage desse a mínima”, complementou.

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