Mundo

Trégua em Gaza não pode ser apenas uma pausa, diz embaixador palestino na ONU

‘Não pararemos até que tenhamos eliminado as capacidades terroristas do Hamas’, respondeu embaixador israelense

Registro de bombardeio israelense no sul da Faixa de Gaza, em 22 de novembro de 2023. Foto: Said Khatib/AFP
Apoie Siga-nos no

A trégua humanitária prevista no acordo entre Israel e Hamas “não pode ser apenas uma pausa”, argumentou, nesta quarta-feira 22, o embaixador palestino na ONU, e pediu que se aproveitem esses poucos dias para impedir a “retomada da agressão”.

O acordo prevê uma “pausa humanitária” na Faixa de Gaza, que vem sendo bombardeada, em troca dos reféns presos pelo Hamas no território palestino desde o sangrento ataque a Israel de 7 de outubro.

“Centenas de crianças não morrerão graças a essa trégua. Devemos a eles e a todos os civis da Faixa de Gaza o fim definitivo desse ataque criminoso contra o povo palestino“, declarou o embaixador palestino, Riyad Mansour, em uma reunião do Conselho de Segurança da ONU.

Após agradecer ao Catar e ao Egito, Mansour fez um apelo a todos que haviam contribuído com esse acordo “para que encontrem uma maneira de impedir a retomada da agressão”.

“Isso não pode ser apenas uma pausa antes de que se retome o massacre”, insistiu, denunciando, ao mesmo tempo, a “ocupação e a discriminação racial” de Israel contra os palestinos, que qualificou de “apartheid“.

“Dentro de alguns dias, as famílias poderão se abraçar, chorar e começar a curar as feridas que possam ter sido causadas, incluindo as famílias que se reunirão com seus entes queridos prisioneiros”, apontou.

Reiterando que “não há solução militar para esse conflito”, pediu respeito aos “direitos inalienáveis dos palestinos” e contra os ataques a todos os civis.

“Não justificamos a morte de nenhum civil israelense”, declarou, assegurando que “ninguém deve perdoar as atrocidades em função da identidade dos autores”.

“Não devemos fazer vista grossa ante as feridas, os traumas e a história dos demais, nem devemos depreciá-los. Mas esse respeito deve ser construído sobre uma visão compartilhada de um futuro no qual possamos viver em paz e em dignidade”, acrescentou.

“Não se equivoquem. Quando terminar a pausa, seguiremos nos esforçando para alcançar nossos objetivos com todas as nossas forças”, respondeu o embaixador israelense na ONU, Gilad Erdan, ao Conselho.

“Não pararemos até que tenhamos eliminado as capacidades terroristas do Hamas e estejamos seguros de que não pode mais governar Gaza nem ameaçar tanto os civis israelenses quanto as mulheres e as crianças de Gaza”, acrescentou.

ENTENDA MAIS SOBRE: , , , ,

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Um minuto, por favor…

O bolsonarismo perdeu a batalha das urnas, mas não está morto.

Diante de um país tão dividido e arrasado, é preciso centrar esforços em uma reconstrução.

Seu apoio, leitor, será ainda mais fundamental.

Se você valoriza o bom jornalismo, ajude CartaCapital a seguir lutando por um novo Brasil.

Assine a edição semanal da revista;

Ou contribua, com o quanto puder.

Leia também

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo