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Rival de Bolsonaro, presidente da França assume comando do Conselho da União Europeia

Órgão coordena políticas dos países do bloco, em áreas como relações internacionais e segurança

O presidente da França, Emmanuel Macron. Foto: Ludovic MARIN/AFP
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A partir de 1º de janeiro deste ano, a França passa a ocupar a presidência rotativa do Conselho da União Europeia. O mandato dura seis meses. Na gestão anterior, o cargo era ocupado pela Eslovênia.

Rival do presidente Jair Bolsonaro, o mandatário francês Emmanuel Macron comandará o órgão responsável por coordenar as políticas dos países da União Europeia, em áreas como relações internacionais e segurança, e celebrar acordos entre o bloco e outros países ou organizações internacionais.

 

O Conselho foi criado em 1958 e tem sede em Bruxelas, na Bélgica. Participam como membros os ministros dos governos de cada país do bloco.

Não há integrantes fixos – a composição ocorre por meio dez formações diferentes, a depender dos assuntos tratados nas sessões públicas, onde as autoridades reunidas apreciam e votam projetos legislativos.

O órgão é uma das instituições mais importantes da União Europeia, ao lado do Parlamento Europeu, do Conselho Europeu e da Comissão Europeia.

Prestes a concorrer na eleição presidencial de abril, contra os representantes da extrema-direita Marine Le Pen e Éric Zemmour, Macron declarou em discurso na sexta-feira 31, no Palácio do Eliseu, que o ano novo pode marcar uma “mudança de rumo” para a Europa. O chefe de Estado demonstrou preocupação com temas como a pandemia e as mudanças climáticas.

Em novembro, Macron chegou a se reunir com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para discutir o combate à extrema-direita. O gesto foi compreendido por especialistas como uma manifestação de preferência a Lula por parte dos europeus na eleição de 2022 no Brasil.

Entre os desafios a serem enfrentados pela França no comando do Conselho, está a mediação da crise entre a Rússia e os Estados Unidos sobre os rumos da Ucrânia. Os presidentes Vladimir Putin e Joe Biden sinalizam risco de ruptura diplomática por divergências quanto à presença da Organização do Tratado do Atlântico Norte, a Otan, na região.

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