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Na Cisjordânia ocupada, o apoio ao Hamas cresce em resposta à violência israelense

“Terroristas” de amanhã. O assassinato de palestinos na Cisjordânia, por colonos ou soldados judeus, só fomenta o ódio, base de um conflito de quase seis décadas – Imagem: Hazem Bader/AFP e Exército de Israel/AFP
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Depois da marcha pelo centro da cidade, os homens se dispersaram para as mesquitas, para suas casas, para as poucas barracas abertas que vendem suco ou café. Muitos estavam armados, embalavam seus rifles de assalto M16 e munições nos braços. Todos eram jovens, de cabelos curtos, camisetas pretas e bonés de beisebol, tênis ou botas de combate, e estavam prontos para lutar. Na véspera, muito tinham feito exatamente isso. Um ataque das forças israelenses a Jenin, cidade no extremo norte da Cisjordânia ocupada, levou a uma batalha longa e caótica. Quando terminou, havia 14 mortos e muitos mais feridos. Entre estes, ao menos dois não combatentes: uma paramédica de 31 anos gravemente ferida quando tentou resgatar um militante e um trabalhador da construção civil de 40 anos. As Forças de Defesa de Israel afirmaram ter detido líderes terroristas, destruído infraestruturas terroristas e apreendido um estoque de bombas artesanais.

Os corpos de muitas das vítimas dos combates foram conduzidos pela rua principal de Jenin na sexta-feira 10, envoltos em mortalhas com as cores do ­Hamas e da facção menor Jihad Islâmica, e erguidos em macas por jovens, muitos dos quais portavam armas. “Nós somos a resistência à ocupação. Em Gaza, na Cisjordânia, somos um e o mesmo”, disse um jovem combatente do Hamas, com um lenço xadrez puxado até os olhos.

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